Rio de Janeiro, 22 de Janeiro de 2025

Exército pede reforços a Brasília e Goiânia para ocupar morros do Rio

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Domingo, 05 de Março de 2006 às 16:13, por: CdB

O Exército manteve a ocupação em oito comunidades do Rio neste domingo, além de pedir reforço para as ações em curso às tropas de Brasília (DF) e Goiânia (GO). Os militares pretendem localizar os envolvidos no furto de dez fuzis FAL calibre 762 e uma pistola do quartel de São Cristóvão (Zona Norte do Rio). Munidos de mandados judiciais, os militares fazem buscas e revistas nos morros da Providência, Jardim América, Jacarezinho, Manguinhos, Vila dos Pinheiros, Caju e Dendê, além do complexo do Alemão, que foi ocupado horas após o crime.

Os militares só deverão deixar os morros após a recuperação das armas, de acordo com nota enviada à imprensa pelo Comando Militar do Leste. Um helicóptero e mais de 600 homens das Forças Armadas e da Polícia Militar ajudam nas operações.

- Usaremos todos os meios necessários, pelo prazo que for preciso, para recuperar o armamento subtraído do ECT [Estabelecimento Central de Transportes]. Só vamos encerrar quando estivermos com as armas de volta - disse o coronel José Guimarães Barreto, responsável pela operação.

Um Inquérito Policial Militar foi instaurado, a pedido do Comando do Exército, para investigar o roubo. Ele deverá ser acompanhado por um promotor do Ministério Público Militar e pelas polícias Militar e Civil. Há suspeitas de que membros ou ex-membros do Exército tenham participado da ação.

Assalto

O assalto à instalação militar aconteceu por volta das 3h50 desta sexta-feira, quanto sete criminosos vestindo roupas camufladas e toucas-ninjas invadiram o ECT pela parte de trás e seguiram para o Corpo de Guardas, onde renderam parte dos cerca de dez homens que descansavam à espera de seus plantões. Pelo menos três guardas foram agredidos. O grupo, então, arrombou armários e fugiu --pela porta da frente-- levando os fuzis e a pistola.

Os guardas que foram rendidos ocupam postos de guarda do quartel. Eles se reúnem em trios e se revezam em turnos de duas horas de vigilância por quatro de descanso. O coronel Fernando Lemos, também do Comando Militar do Leste, disse que o Exército não sabe como os criminosos entraram no quartel --cercado por arame farpado em todo o perímetro, sem serem percebidos nos postos de guarda.

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