Tanques israelenses apoiados por helicópteros Apache da Força Aérea israelense isolaram completamente hoje a cidade de Rafá, no sul da Faixa de Gaza.
O Exército israelense se prepara para uma operação em grande escala destinada a capturar combatentes da resistência palestina, além da apreensão de armas e explosivos.
Dezenas de famílias do campo de refugiados de Rafá, junto à fronteira com o Egito, se refugiaram em mesquitas e escolas da cidade devido ao temor de que o Exército israelense siga derrubando casas. No fim de semana, um total de 150 moradias foram demolidas.
Tanques israelenses ocuparam as colinas que dominam as passagens de Rafá com a cidade de Khan Yunes, situada ao norte, com o objetivo de impedir a fuga dos milicianos e o transporte de armas.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, qualificou de "um crime contra nosso povo" a demolição de casas, que já deixou mais de mil pessoas sem teto e hospedadas provisoriamente em tendas de campanha da ONU.
Na Cisjordânia, fontes da segurança palestina informaram esta manhã da morte de Mohamed Hamed, de 21 anos, pelas mãos de soldados israelenses que buscavam milicianos no povo de Siluad.
Cinco palestinos foram detidos na madrugada de hoje em diversos pontos desse território. O novo aumento da violência, que na semana passada matou mais de 30 palestinos e 13 soldados israelenses na cidade de Gaza e na zona de Rafá, coincide com o reatamento dos contatos entre o governo de Arafat e o governo dos Estados Unidos após vários meses de interrupção.
O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ahmed Qurea (Abu Alá), se reunirá hoje em Berlim com a assessora de Segurança Nacional do presidente norte-americano, George W. Bush, Condoleezza Rice, após se encontrar no sábado passado na Jordânia com o Secretário de Estado americano, Colin Powell.