Rio de Janeiro, 21 de Janeiro de 2025

Exército israelense destruiu 80 casas em Jabalya e Beit Lahia

Arquivado em:
Sábado, 16 de Outubro de 2004 às 06:12, por: CdB

A ofensiva militar israelense "Dias de Penitência", na qual morreram 134 palestinos e mais de 300 ficaram feridos, deixou 80 casas destruídas no campo de refugiados de Jabalya e em sua vizinha, Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, segundo grupos palestinos pró direitos humanos.

As tropas israelenses se retiraram na sexta-feira do campo de refugiados de Jabalya e da localidade de Beit Lahia e tomaram posições nas colinas adjacentes, dentro do território palestino.

O exército começou a operação "Dias de Penitência" há 17 dias em resposta à morte de duas crianças israelenses na localidade de Sderot pelo lançamento de um foguete artesanal "Qassam".

Desde então morreram 134 palestinos, deles cerca de 30 eram crianças.

Muitas das casas foram demolidas para facilitar a passagem dos blindados israelenses; algumas pertenciam a famílias de membros da resistência e outras foram destruídas como de advertência, assinalam ditas organizações.

A prática da demolição de casas foi resgatada por Israel do mandato britânico (1917-1948) e apoiada firmemente pelo primeiro-ministro Ariel Sharon, bem conhecido pela destruição de casas na Faixa de Gaza quando era comandante militar em 1970.

Os métodos de demolição consistem habitualmente em rodear a casa marcada e muitas vezes, dar aos residentes a ordem de evacuá-la em menos de 20 minutos, para depois destruí-la.

As forças israelenses utilizam escavadeiras militares que causam danos também às casas vizinhas; tanques ou simplesmente, dinamite.

As organizações não-governamentais denunciam que as forças israelenses não aportam nenhuma prova da implicação dos palestinos afetados nos ataques contra Israel, e se baseiam em relatórios dos serviços de segurança israelenses, que, segundo os grupos pró direitos humanos privam os acusados de um julgamento justo.

Fontes do exército israelense asseguram que as forças permanecerão em alerta máxima e estarão preparadas para retomar as posições no caso que sejam retomados os lançamentos de foguetes "Qassam".

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo