Os três soldados acusados no caso estão sendo julgados em uma base militar britânica em Osnabruck, na Alemanha.
Eles enfrentam nove acusações - um deles admite ter cometidos abusos contra um desconhecido, mas todos dizem ser inocentes com relações aos outros delitos.
A promotoria afirma que as fotos foram tiradas numa base britânica perto de Basra, no sul do Iraque, em maio de 2003, pouco após a queda do regime de Saddam Hussein.
Elas mostram, entre outros maus tratos, supostos presos iraquianos com redes na cabeça sendo agredidos ou nús, sendo forçados a simular atos sexuais.
Posição oficial
O comandante do Exército britânico, general Mike Jackson, disse que não pode fazer comentários sobre o caso até que se chegue a um veredicto.
Ele acrescentou, porém, que o Exército condena totalmente qualquer ato de abuso.
O general disse também que 65 mil soldados britânicos já serviram no Iraque desde o início da guerra e que o número de acusações por má conduta é muito pequeno.
As 22 imagens exibidas na corte marcial foram confiscadas pela polícia militar após um soldado ter levado um filme para revelar num loja perto de sua casa na Grã-Bretanha.
As fotos podem causar danos à imagem do país internacionalmente - sobretudo no mundo árabe, onde imagens parecidas de militares americanos maltratando detentos no presídio de Abu Ghraib alimentaram o ódio contra os Estados Unidos.