Ex-militares que fizeram parte da Frente de Resistência para a Libertação e a Reconstrução Nacional ao exilado presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide, disseram em Hinche (leste) que não deporão as armas. O porta-voz dos ex-militares, o sargento Joseph Jean Baptiste, disse que só deporão as armas "se nos desarmarem".
Jean Baptiste, armado e de farda, fez a declaração, acompanhado de uns cinqüenta homens também armados e fardados. O porta-voz exigiu a volta do Exército "fisicamente", para cumprir seu "dever constitucional" e "garantir a segurança do país". O ex-presidente Aristide, que saiu do país no domingo passado, dissolveu o Exército haitiano.
Hoje, Jean Baptiste acusou os setores políticos do Haiti de ser "antimilitaristas" e disse que "é a razão pela qual estão fazendo acordos para deixar-nos de fora", advertindo ainda que a luta mal começou. No último dia 3 o ex-comissário da Polícia Guy Philippe anunciou sua disposição de depor as armas, após uma exigência formal dos Estados Unidos.
Esta semana, em um discurso dirigido à nação, o presidente interino do Haiti, Boniface Alexandre, pediu aos rebeldes que deponham as armas e participem do processo de reconstrução do país. A direção civil da Frente de Resistência para a Libertação e a Reconstrução do Haiti reagiu positivamente à decisão de Philippe.