Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Ex-jornalista acusa famoso detetive de intimidação

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Terça, 01 de Junho de 2004 às 19:12, por: CdB

Uma ex-jornalista entrou com um processo contra um detetive particular, a cidade de Los Angeles e a companhia telefônica SBC por uma suposta campanha de intimidação para evitar que ela investigasse as relações entre o ator Steven Segal e a máfia.

Anita Busch, que trabalhou para o jornal "Los Angeles Times", disse no processo que foi vítima de uma série de ameaças que a "traumatizaram" e "obrigaram a deter sua notável carreira" quando trabalhava em uma reportagem sobre as supostas tentativas de extorsão por parte da máfia contra Segal.

Busch, uma conhecida repórter no setor, que também foi chefe de redação da revista "Hollywood Reporter", abandonou o jornal "Los Angeles Times" recentemente, segundo disse seu advogado, Matthew Geragos.

Em seu processo, Busch acusa o famoso detetive privado Anthony Pellicano, conhecido como "O Pelicano", assim como os empregados da SBC, que supostamente o ajudaram a grampear o telefone da jornalista.

Também acusa a cidade de Los Angeles por não impedir que um detetive do corpo de polícia da localidade a espionasse.

Pellicano, que trabalhou com estrelas como Tom Cruise e Elizabeth Taylor, está preso desde o final do ano passado, depois de declarar-se culpado de ter em seu poder duas granadas de mão e explosivo plástico suficiente "para derrubar um avião", disseram as autoridades.

O detetive estaria envolvido em um escândalo de escutas ilegais que veio à tona depois que Busch denunciou que recebera uma mensagem ameaçadora.

A mensagem chegou a ela juntamente com uma rosa, um peixe morto e uma nota dizendo "Stop", deixada em seu carro supostamente por Pellicano.

Quando a polícia revistou o escritório do detetive por este motivo, encontrou os explosivos, além de abundante material nos computadores que apontavam para os grampos.

A jornalista disse que as ameaças começaram em junho de 2002, quando um homem que não se identificou começou a lhe deixar mensagens telefônicas nas quais advertia que faria seu carro saltar pelos ares.

Segundo o processo, nos nove meses seguintes, o computador da jornalista foi pirateado e seu disco rígido ficou destroçado, ela esteve a ponto de ser atropelada e dois homens a seguiram até a casa de seus pais e a ameaçaram.

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