Presidente da Bolívia, Evo Morales disse que os contratos da Petrobras no país eram ilegais e inconstitucionais e sugeriu que não há por que indenizar as empresas petrolíferas estrangeiras afetadas pela nacionalização.
- Não há por que pensar em indenização - disse Morales em entrevista coletiva na Áustria, onde participa da 4ª Cúpula entre União Européia (UE), América Latina e Caribe. Dos mais de 70 contratos, nenhum foi ratificado pelo Congresso e, portanto, são inconstitucionais. Os contratos eram negociados secretamente - disse.
O presidente boliviano acrescentou que não houve expropriação no país.
- Se tivéssemos expropriado bens ou tecnologia, teríamos que indenizar, mas, aqui, não estamos expropriando - destacou.
O presidente boliviano acrescentou que as empresas que ainda atuam no país têm o direito de recuperar seus investimentos e ter lucro, mas salientou que não são donas dos recursos energéticos da Bolívia.
Questionado sobre por que não avisou o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que nacionalizaria o setor, Morales foi enfático.
- Não tenho por que perguntar, consultar sobre políticas soberanas de um país - afirmou.
O presidente disse ainda que, antes de sua chegada à presidência da Bolívia, o país era "terra de ninguém" e que "agora, o país pertence aos bolivianos, principalmente aos indígenas - disse.