Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

EUA sinalizam para negociação com a coreanos

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Quinta, 17 de Março de 2005 às 08:09, por: CdB

As medidas adotadas pelos Estados Unidos para deter o programa nuclear da Coréia do Norte podem detonar um terrível conflito na região, mas há sinais de que o governo norte-americano estaria se preparando para iniciar negociações sérias sobre a crise, disse na quinta-feira William Perry, ex-secretário de Defesa dos EUA.

Perry, que ocupou o cargo durante a crise nuclear com a Coréia do Norte, de 1993 a 1994, disse estar animado com a nomeação de Christopher Hill para ser o próximo secretário assistente de Estado para a região. Segundo a ex-autoridade, Hill é um negociador de bom senso.

A nomeação dele sugeria que o atual governo norte-americano preparava-se para a possibilidade de iniciar negociações sérias com o país asiático, disse Perry em um seminário realizado em Seul, dois dias antes de a atual secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, visitar a região.

Perry também disse que a Coréia do Sul e os EUA não haviam chegado a um acordo sobre como lidar com os norte-coreanos.

- A menos que haja uma mudança nas posturas adotadas agora, a Coréia do Norte terá em breve um significativo arsenal nuclear, o que teria sérias consequências para a região e para o mundo - afirmou Perry.

- Mais adiante, as ações de que disporiam os EUA para evitar esse cenário, se nada mais der certo, poderiam apontar para uma confrontação militar, ou mesmo uma segunda Guerra da Coréia - afirmou.

Apesar da falta de avanços nas últimas negociações mantidas com a Coréia do Norte, o ex-secretário se disse otimista. A ocupação do Iraque pelos EUA significava que o governo norte-americano não estaria disposto a se comprometer com uma grande operação militar em outro país, afirmou.

- Também considero encorajadora a nomeação do embaixador Hill como o novo secretário-assistente de Estado para a região - disse Perry.

- A nomeação dele me leva à conclusão de que a secretária Rice está se preparando para a possibilidade de negociar seriamente com a Coréia do Norte - ressaltou.

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