O governo norte-americano emitiu regras para corrigir vulnerabilidades cibernéticas em dispositivos médicos. Dando diretrizes a fabricantes
Por Redação, com Reuters - de Nova York:
Um senador dos Estados Unidos disse nesta quarta-feira que a Rússia e o presidente Vladimir Putin podem esperar sanções após ataques cibernéticos durante a eleição presidencial, em novembro.
– Vocês podem esperar que o Congresso vai investigar o envolvimento russo nas nossas eleições. E haverá sanções bipartidárias que vão atingir a Rússia com força. Particularmente Putin como indivíduo – disse o senador republicano Lindsey Graham, na Carolina do Sul, na capital da Letônia.
Autoridades russas negaram acusações de interferência na eleição vencida por Donald Trump.
EUA acusam chineses de hackear
Três cidadãos chineses foram acusados de negociarem informações corporativas confidenciais. Foram obtidas por hackers nas redes e servidores de escritórios de advocacia norte-americanos. Disseram promotores federais nesta terça-feira.
Iat Hong, morador de Macau foi preso no domingo em Hong Kong e acusado junto com Bo Zheng, da China, e Chin Hung, de Macau. Por envolvimento em conspirações para ter acesso a informações privilegiadas, fraudes eletrônicas e invasão a computadores em um indiciamento apresentado em um tribunal federal em Manhattan.
Promotores disseram que a partir de abril de 2014 o trio obteve informações privilegiadas ao hackear dois escritórios de advocacia norte-americanos. Visando contas de e-mail de sócios das empresas que trabalhavam com fusões de altos valores.
Usando a informação, os réus compraram ações de pelo menos cinco empresas listadas antes dos anúncios de que seriam adquiridas. Permitindo que obtivessem mais de US$ 4 milhões em lucros, disseram promotores.
O promotor norte-americano Preet Bharara disse que o caso "deve servir como sinal de alerta para escritórios de advocacia ao redor mundo. Vocês são e serão alvo de ciber ataques, porque vocês têm informações valiosas para potenciais criminosos".
Os advogados dos réus, que também enfrentam uma ação civil relacionada movida pelo órgão regulador de valores mobiliários dos Estados Unidos, não puderam ser imediatamente encontrados.
Ciberfalhas
O governo norte-americano emitiu na terça-feira regras para corrigir vulnerabilidades cibernéticas em dispositivos médicos. Dando diretrizes a fabricantes para a solução de problemas de segurança em equipamentos. Incluindo marcapassos, bombas de insulina e sistemas de imagens.
– Ameaças de cibersegurança são reais, estão sempre presentes e sempre mudando – disse Suzanne Schwartz. Autoridade sênior da Administração de Remédios e Alimentos (FDA, na sigla em inglês), que ajudou a projetar as regras, numa mensagem. "E conforme os hackers se tornam mais sofisticados, estes riscos de cibersegurança evoluirão".
A FDA divulgou a diretriz de 30 páginas, enquanto investiga queixas de uma empresa e pesquisadores de segurança de que dispositivos cardíacos do St. Jude Medical são vulneráveis a ataques que podem ameaçar vidas.
As alegações, que surgiram em agosto, ressaltam a necessidade de regras governamentais claras para identificar e mitigar o impacto de vulnerabilidades de segurança em equipamentos médicos.
A FDA tem lutado com esses problemas há anos. Em resposta a um aumento nas pesquisas de falhas de segurança que podem ameaçar vidas em aparelhos médicos. Feitas pelos chamados hackers "de chapéu branco". Que tentam identificar as falhas antes que sejam exploradas para prejudicar os pacientes.
As novas diretrizes detalham como as fabricantes devem identificar e consertar cibervulnerabilidades em produtos que já estejam no mercado. As regram encorajam as fabricantes de equipamentos médicos a estabelecer programas que facilitem os relatos de falhas por pesquisadores de segurança.