Rio de Janeiro, 22 de Janeiro de 2025

EUA pedem mais ação contra crise na Venezuela

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Sexta, 23 de Junho de 2017 às 09:15, por: CdB

Embaixadora norte-americana na ONU pede maior envolvimento internacional para acabar com a crise venezuelana, em apelo à ONU e OEA. Maduro acusa Washington de estar por trás dos protestos e da violência

Por Redação, com DW - de Caracas:

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, afirmou nesta sexta-feira que a comunidade internacional deve agir em relação à crise na Venezuela, enquanto o presidente Nicolás Maduro voltou a acusar Washington de estar por trás dos protestos e da violência em seu país. Porém, ele disse estar disposto a estabelecer um "diálogo sério" com seu colega norte-americano, Donald Trump.

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"Venezuelanos passam fome enquanto seu governo atropela a democracia", afirmam EUA

– A situação trágica na Venezuela clama por ação – disse Haley. Ela se queixou do descaso do Conselho de Direitos Humanos da ONU e da Organização dos Estados Americanos (OEA). "O povo venezuelano passa fome enquanto seu governo atropela a democracia", afirmou a embaixadora.

Maduro, por sua vez, rejeitou os pedidos norte-americanos de ação internacional no país, exibindo uma declaração assinada por 57 nações, incluindo China, África do Sul e Rússia, que expressam apoio ao governo socialista e alertam contra interferências externas. "Os imperialistas têm uma obsessão fatal para conosco", disse Maduro. "Não permitiremos que nos transformem em mártires ou que o mundo crucifique a Venezuela."

Apesar das críticas a Washington, Maduro disse que não descarta iniciar conversações com o governo Trump. "Se querem diálogo, estamos dispostos", afirmou. "Estou preparado, estou pronto. O que a oposição [venezuelana] tem feito é enganar Trump. Vamos conversar, há muitos pontos em comum, inclusive com o governo Trump. Vamos superar esses tempos obscuros."

Maduro pediu ao governo de Trump que evite repetir o "fracasso" nas relações com a Venezuela ocorrido nos governos dos ex-presidentes George W. Bush e Barack Obama.

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