Rio de Janeiro, 22 de Janeiro de 2025

EUA miram na Al-Jazeera e acertam a CNN

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Sexta, 19 de Outubro de 2001 às 09:50, por: CdB

Forças lideradas pelos Estados Unidos bombardearam, na noite desta quinta-feira, a cidade de Kandahar, no sul do Afeganistão, e entre os edifícios atingidos pelos ataques estavam os escritórios onde trabalhavam funcionários da CNN. As pessoas que se encontravam no local, incluindo funcionários da CNN e do canal de televisão de língua árabe Al Jazeera, haviam buscado refúgio fora do edifício por causa do aumento da intensidade dos bombardeios, e não ficaram feridos. No entanto, o edifício sofreu graves danos. Funcionários da CNN contaram que uma grande explosão em uma estrada próxima chegou a derrubar uma parede e fez os vidros de várias janelas quebrarem. As testemunhas achavam que o alvo seria um veículo que circulava pela estrada e que, possivelmente, havia sido alcançado por um avião ou helicóptero norte-americano. Ao menos sete pessoas morreram na quinta-feira, em Cabul, no décimo segundo dia da companha de bombardeios contra alvos do Talibã e da rede terrorista al Qaeda na capital e seus arredores, segundo fontes da CNN. Ainda não se conhecem detalhes sobre as mortes em Cabul, mas o canal Al Jazeera informou que bombas alcançaram uma moradia e que sua equipe viu cadáveres sendo retirados dos escombros. O canal não soube informar se as vítimas eram civis ou militares. Também foram registrados outros prejuízos civis quando uma bomba atingiu uma escola para crianças, mas não explodiu, de acordo com jornalistas internacionais. Em Kandahar, fontes da CNN informaram que uma das unidades de comando de elite do Talibã foi atacada. O governo do Talibã, por sua vez, afirmou que 20 pessoas morreram em Kandahar por causa dos ataques. Um informe da Al Jazeera mostrou homens buscando sobreviventes nos escombros de um edifício bombardeado e que se podiam ver partes de corpos de cadáveres. O número de mortos não pôde ser confirmado de forma independente. Mais de uma dezena de alvos foram atingidos na quarta-feira, incluindo acampamentos de treinamentos terrorista do al Qaeda e estabelecimentos militares do regime Talebã, informou o general Richard Myers, chefe do Estado Maior Conjunto, em uma entrevista coletiva. Myers disse que os ataques foram realizados por aeronaves táticas, em sua maioria estacionados em porta-aviões, e alguns caças F-15E e bombardeiros de longo alcance. Alguns dos aviões haviam partido do porta-aviões USS Roosevelt. Os jornalistas assistiram a vários vídeos de alguns dos danos. Por sua vez, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, não negou nem confirmou que o Pentágono esteja empregando aviões armados não tripulados, RQ-1A Predator, pela primeira vez na campanha aérea. Sobre as provisões humanitárias, Myers disse que as lançadas na quarta-feira continham 53.000 refeições, levando o total distribuído durante a campanha para mais de 450.000. Os Estados Unidos também lançam panfletos e emitem transmissões por rádio pedindo para que o Talebã e o Qaeda se entreguem. O grupo humanitário Médicos Sem Fronteiras informou que se retiraria de duas cidades do Afeganistão, depois que armazéns de comida e medicamentos foram saqueados.

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