Agência de trânsito tenta determinar se funções automáticas estavam ativadas em colisão envolvendo carro da Tesla. Modelo semelhante da montadora se acidentou na Flórida recentemente, resultando na morte do motorista
Por Redação, com DW - de Nova York:
A Agência Nacional de Segurança no Trânsito em Rodovias dos Estados Unidos (NHTSA) anunciou que está investigando um segundo acidente de um veículo da Tesla, fabricante de carros elétricos, no qual o piloto automático possivelmente estava em uso.
O acidente, não fatal e que envolveu um Model X, aconteceu no último dia 1º de julho no Estado da Pensilvânia, quase dois meses após um outro acidente , que resultou na morte do motorista.
Um porta-voz da NHSTA disse à agência de notícias AFP que está investigando "para determinar se as funções automáticas estavam em uso no momento do acidente".
A Tesla confirmou que recebeu uma mensagem eletrônica do carro "indicando uma colisão" e imediatamente tentou entrar em contato com o cliente, sem sucesso. Os dados obtidos não permitiram confirmar se o piloto automático estava acionado.
Primeiro acidente fatal
A agência de trânsito também abriu uma investigação sobre o caso da Flórida, ocorrido em maio deste ano, no qual um carro Model S colidiu com um caminhão.
– Nem o piloto automático nem o motorista notaram a lateral branca do caminhão em contrasta com o céu brilhantes, então, o freio não foi acionado – disse a Tesla em comunicado.
O motorista, Joshua Brown, que morreu no acidente, era um entusiasta do veículo semiautônomo. Um mês antes do acidente fatal, ele publicou um vídeo na Internet elogiando o piloto automático, no qual mostra como o sistema evitou uma colisão. Ele disse que não havia percebido o caminhão que aparece nas imagens até seu carro alertá-lo.
Em comunicado, a montadora lembrou os clientes de que o piloto automático é uma tecnologia nova, ainda em desenvolvimento, e que, ao ser acionado, ele não deixa de exigir a atenção do motorista no trânsito. "É necessário manter a responsabilidade e o controle sobre o veículo", reforçou.
Os acidentes trazem à tona o debate sobre riscos de modelos semiautônomos. A expectativa era aumentar a segurança no trânsito com esse tipo de veículo e evitar erros humanos, que são responsáveis por 94% dos acidentes. A tecnologia usa um sistema múltiplo de câmeras, radares, lasers e sensores para identificar objetos e determinar o caminho que o carro deve seguir.
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