Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

EUA: Estado Islâmico perdeu milhares de integrantes na Síria e no Iraque

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Sexta, 05 de Fevereiro de 2016 às 10:07, por: CdB

 

O mais recente relatório dos serviços de informação dos Estados Unidos apontava que existiam entre 20 mil e 31,5 mil membros efetivos

Por Redação, com agências internacionais - de Washington/Beirute:   O grupo extremista Estado Islâmico perdeu, nos últimos meses, milhares de integrantes na Síria e no Iraque, segundo dados dos serviços secretos norte-americanos divulgados pela Casa Branca. Na sua entrevista coletiva diária, o porta-voz da Presidência dos Estados Unidos, Josh Earnest, informou que os serviços de inteligência do país estimam que, atualmente, o Estado Islâmico tem entre 19 mil e 25 mil combatentes nesses dois países.
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O grupo extremista Estado Islâmico perdeu, nos últimos meses, milhares de integrantes na Síria e no Iraque
O mais recente relatório dos serviços de informação dos Estados Unidos apontava que existiam entre 20 mil e 31,5 mil membros efetivos, que se trata de um declínio significativo, de acordo com os cálculos norte-americanos. – O fato de o número ser menor do que antes é uma indicação de que temos retirado muitos integrantes do campo de batalha e que temos dificultado (ao Estado Islâmico) o reabastecimento das suas fileiras por via das forças estrangeiras – indicou Josh Earnest. O universo de 25 mil membros efetivos do Estado Islâmico no Iraque e na Síria inclui os integrantes estrangeiros.

Tropas terrestres

A Arábia Saudita está disposta a integrar qualquer ação terrestre que a aliança militar liderada pelos Estados Unidos decidir realizar na Síria contra o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI), comunicou na quinta-feira um general saudita. – Se houver vontade da coalizão para uma operação terrestre, vamos contribuir de forma positiva – afirmou o brigadeiro-general Ahmed al-Asiri à agência de notícias AFP. O militar saudita acrescentou que o país já realizou cerca de 200 missões aéreas no combate ao EI na Síria. "Acreditamos que operações aéreas não sejam a solução ideal. É preciso haver um misto de operações aéreas e terrestres", alegou. A Arábia Saudita integra desde o final de 2014 a coalizão militar liderada pelos EUA, que vem bombardeando as posições do grupo jihadista, que controla grandes partes do território da Síria e do Iraque. Asiri é também o porta-voz de uma coalizão militar árabe, que realiza, desde março, ataques aéreos e operações terrestres no Iêmen contra rebeldes houthis. Estes se apoderaram de partes importantes do país e contam com o apoio do Irã. Teerã é também um notório aliado do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, que se confronta com uma insurgência há cinco anos, parte dela apoiada pelos sauditas. A guerra civil na Síria é responsável pela morte de mais de 260 mil pessoas e forçou a fuga de aproximadamente 10 milhões de síirios. Na quinta-feira, potências mundiais prometeram mais de 10 bilhões de dólares de ajuda aos sírios atingidos pelo conflito. Os países doadores injetarão os recursos em projetos que visam fornecer alimentação, educação e oportunidades de emprego a sírios, dentro da Síria e nos países vizinhos para onde muitos fugiram.

Combater o EI

O presidente norte-americano, Barack Obama, garantiu no dia 29 de janeiro que os Estados Unidos vão combater o grupo extremista Estado Islâmico em outros países além da Síria e do Iraque, se necessário, destacando o crescente foco na Líbia. Obama convocou o Conselho de Segurança Nacional para discutir a situação na Líbia, devido ao temor de que um vazio de governança no país norte-africano o torne vulnerável à presença do Estado Islâmico. – O presidente enfatizou que os Estados Unidos vão continuar a combater terroristas do Estado Islâmico em todos os países onde for necessário – informou a Casa Branca após o encontro. – O presidente direcionou a sua equipe de segurança nacional para continuar os trabalhos de fortalecimento da governança e de contínuos esforços de combate ao terrorismo na Líbia e em outros países onde o Estado Islâmico tem procurado estabelecer presença – acrescentou. A Líbia atravessa um período de instabilidade e violência desde que o ditador Moamer Kadhafi foi deposto, em 2011. O país tem atualmente dois governos e dois parlamentos, com as autoridades reconhecidas baseadas na cidade de Tobruk e as apoiadas pelas milícias em Tripoli.
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