Vivendo com a situação de liderar uma coalizão militar em erosão, os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira que esperam várias nações mantenham suas tropas no Iraque após o mês de julho, prazo para sua retirada do país.
Mas a Noruega rejeitou o apelo imediatamente, indicando que seus 180 soldados deixarão o país após o governo interino do Iraque assuma o poder em 30 de junho.
Nesse mês três países anunciaram que estão retirando suas tropas do Iraque devido a crescente violência no país, o que resultará em um desfalque de 2 mil soldados nas forças da coalizão. A ocupação liderada pelos EUA pode ser atingida ainda mais pois muitos países se comprometeram apenas a manter suas tropas no país até a entrega da soberania aos iraquianos.
Em entrevistas concedidas de países que compõem a coalizão, o secretário de Estados dos EUA, Colin Powell, disse esperar que a Noruega, a Holanda e El Salvador-- que juntos têm cerca de 2 mil homens no Iraque-- fiquem mais do que o planejado.
Powell acrescentou que uma resolução da ONU (Organização das Nações Unidas), que está sendo elaborada, convença esses países a prorrogar o tempo de serviço de seus homens no Iraque.
``Com uma nova resolução da ONU pode ser possível que a Noruega tenha uma outra visão da contribuição que tem dado para este esforço e talvez dar outra contribuição ou prorrogar a estadia'', disse o secretário em uma de suas entrevistas.
Mas o ministro norueguês das Relações Exteriores, Jan Petersen, respondeu: ``Vamos seguir nosso plano original, com o comprometimento até o verão (do hemisfério Norte)''.
Os EUA alegam que transferirão a soberania para os iraquianos em 30 de junho. Mas críticos afirmam que o Iraque seguirá sob ocupação norte-americana, pois as tropas do EUA não estarão sob controle do governo interino.
As forças da maioria dos membros da coalizão é insignificante se comparada aos 135 mil soldados que os EUA mantêm no país.