O projeto de lei, que recebeu 330 votos a favor e 59 contra, precisa agora ser aprovado pelo Senado, antes de ser enviado para o presidente George W. Bush.
O acordo oferece tecnologia nuclear americana para a Índia, que em troca deve permitir o acesso de inspetores a seus reatores para uso civil. As instalações de produção de armas nucleares indianas, no entanto, não fazem parte do acordo.
Críticos dizem que o acordo pode prejudicar os esforços para a não-proliferação atômica e mandar a mensagem errada para países como o Irã, cujo programa nuclear enfrenta oposição do governo americano.
Compromisso
Mas defensores do projeto dizem que se trata de um passo histórico. Caso a lei seja aprovada, permitirá a exportação de tecnologia nuclear para a Índia pela primeira vez em 30 anos.
- A Índia é um país que deve estar no centro de nossa política externa e nossa atenção - disse o congressista democrata Tom Lantos.
Segundo ele, uma parceria com a Índia poderia ajudar a regular a disseminação pacifica e responsável de poder nuclear.
A votação segue um acordo firmado no ano passado entre Bush e o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh, que acabou com três décadas de políticas antiproliferação dos Estados Unidos.
O projeto final foi alterado para levar em conta preocupações da Índia sobre o acordo.
Os defensores da lei, que conta com o apoio da Casa Branca, estão otimistas de que a nova versão será aceita pelo governo indiano.
A Índia já deixou claro que o acordo não vai forçar o país a apoiar a política americana para o Irã ou impedir que os indianos produzam seu próprio combustível nuclear.