O Governo chinês pediu aos Estados Unidos que mantenham sua oposição à qualquer medida unilateral que promova a independência de Taiwan, cujo Governo pretende convocar um referendo em março próximo.
"A China espera que os Estados Unidos cumpram com suas promessas e se oponham ao independentismo taiuanês", disse Kong Quan, porta-voz do Ministério chinês de Assuntos Exteriores.
Kong aludia aos planos do Governo de Taiwan, que anunciou a realização de um referendo de independência coincidindo com as eleições presidenciais que acontecerão na ilha em março próximo.
O representante da diplomacia chinesa lembrou que o presidente americano, George W. Bush, se mostrou sempre contrário a qualquer medida unilateral que mude o "status quo" no Estreito de Taiwan.
Na hora de convocar o polêmico plebiscito, o presidente taiuanês, Chen Shui-bian, se apóia na existência de 496 mísseis chineses apontando contra a ilha, que é um Estado de fato mas não de direito.
O ex-presidente chinês Jiang Zemin, atual chefe da Comissão Militar Central (CMC, principal órgão militar), declarou esta semana que a China defende a reunificação pacífica, mas não tolerará, em nenhum caso, a independência da ilha "rebelde" de Taiwan".
Por sua vez, o chefe do Estado Maior Conjunto dos Estados Unidos, Richard Myers, assegurou na sexta-feira durante o último dia de sua visita oficial a Pequim que Washington manterá seu compromisso histórico de defender Taiwan em caso de agressão externa.