EUA adiam planos de abandonar supervisão de administrador da Internet

Por Redação, com Reuters - de Washington, EUA: O Departamento de Comércio dos Estados Unidos disse que irá adiar até setembro de 2016 os planos de deixar de supervisionar uma agência sem fins lucrativos que administra a infraestrutura da Internet. O departamento disse que planeja renovar seu contrato com a Corporação para Atribuição de Nomes e Números na Internet (Icann, na sigla em inglês) por mais um ano.

Desde 1998 o governo norte-americano tem contratado à Icann, por meio do Departamento de Comércio, o gerenciamento da base de dados master para nomes de domínios de alto nível, como o .com e o .net e seus endereços numéricos correspondentes. O Departamento de Comércio espera há muito tempo eliminar gradualmente sua supervisão e inicialmente planejava fazer isso ao fim do contrato corrente com a Icann em setembro deste ano. O secretário-assistente para Comunicações e Informações Lawrence Strickling escreveu em um blog que o Departamento de Comércio chegou a essa decisão após os grupos que desenvolvem os documentos de transição afirmarem que eles precisariam adiar a data até setembro de 2016 pelo menos para concluir os processos pedidos e implementar suas propostas. - Isso se tornou cada vez mais evidente ao longo dos últimos meses que a comunidade precisa completar o seu trabalho, ter o plano revisto pelo governo norte-americano e assim implementá-lo se for aprovado - escreveu Strickling. Ataques de hackers O Serviço Interno de Receita dos Estados Unidos (IRS, em inglês) disse nesta segunda-feira, que o ataque de hackers descoberto em um de seus computadores de bases de dados, revelado em maio, foi muito mais extenso que pensado anteriormente, com quase três vezes mais consumidores atingidos pelo roubo de dados. O IRS disse no fim de maio que informações sobre o retorno de impostos de cerca de 114 mil contribuintes norte-americanos foram acessados ilegalmente por ciber criminosos ao longo dos quatro meses anteriores, com outras 111 mil tentativas mal-sucedidas feitas. A nova revisão identificou 220 mil incidentes adicionais, nos quais dados foram invadidos, disse a agência coletora de impostos. O IRS identificou outras 170 mil tentativas suspeitas que falharam por terceiros que obtiveram acesso a dados dos contribuintes. Os atacantes procuraram ter acesso às informações pessoais de impostos através da aplicação online da agência, chamada "Get Transcript", que permite aos contribuintes acessar informações de retornos anteriores. O sistema foi encerrado após os ataques de maio. - O IRS acredita que algumas dessas informações podem ter sido pegas para potenciais protocolos fraudulentos de retornos de impostos durante a próxima temporada de restituições em 2016 - disse a agência em declaração. A agência adicionou que começará a enviar cartas nos próximos dias para os contribuintes cujas contas podem ter sido acessadas, oferecendo monitoramento de crédito grátis e um novo número de identificação pessoal para verificar a autenticidade das restituições de impostos do próximo ano.