As equipes de socorro prosseguiam nesta quinta-feira a busca aos corpos e as tarefas de ajuda aos milhares de desabrigados das inundações provocadas pelas fortes chuvas no sudoeste, norte e leste de Etiópia, que deixaram 900 mortos e desaparecidos.
A região sudoeste do país foi a mais afetada pelas inundações de 6 de agosto, com pelo menos 364 mortos.
As tempestades que afetam o planalto etíope há uma semana provocaram a cheia do rio Omo, que inundou 15 cidades às margens de sua foz, no lago Turkana, 700 quilômetros ao sudoeste de Addis Abeba.
Quase 20 mil pessoas permaneciam presas pelas águas em alguns vilarejos aos quais as equipes de resgate não conseguiram chegar.
De acordo com o chefe de polícia do distrito de Omo Sul, Tegaye Mununhe, os socorristas passaram a noite na água à procura de sobreviventes e corpos.
- Enviamos barcos com alimentos, medicamentos, barracas e voluntários par avaliar a situação nos lugares em que não conseguimos chegar - acrescentou.
As autoridades acreditam que o balanço de mortos deve aumentar consideravelmente.
O país deseja a ajuda da comunidade internacional para superar a catástrofe.
Na região leste, pelo menos 256 pessoas morreram nas inundações na cidade de Dire Dawa e seus arredores. Dez mil moradores foram retirados.
Em Amhara, 560 quilômetros ao norte da capital etíope, as águas mataram seis pessoas e forçaram a retirada de 13 mil pessoas da região. O sudeste e o leste da Etiópia são regiões planas áridas e que geralmente se vêem afetadas pela seca.
Por este motivo, os terrenos não podem absorver as chuvas torrenciais que caem durante a estação das chuvas no Chifre da África - de junho a setembro-, provocando nos últimos anos dramáticas inundações que custaram centenas de vidas humanas.
Etiópia mantém busca de corpos e desaparecidos
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Quinta, 17 de Agosto de 2006 às 08:05, por: CdB