Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Estudo revela fragilidade financeira de planos de saúde

Arquivado em:
Terça, 03 de Maio de 2005 às 18:13, por: CdB

Não é boa a situação financeira da maior parte das empresas de plano de saúde ou odontológico no país, segundo o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), divulgado hoje pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O ministro da Saúde, Humberto Costa, reconheceu as dificuldades do setor e afirmou hoje que o governo estuda auxílio financeiro para as empresas, concedendo crédito para reestruturação de empresas.

Num índice de zero a um, a média do setor médico-hospitalar no aspecto econômico-financeiro é de 0,4. Já a do setor odontológico é de 0,3. Foram analisadas 2.225 empresas, que atendem a 38 milhões de beneficiários. A análise foi feita com base em dados de 2003.

- Sabemos que alguns segmentos se encontram em dificuldade e há o interesse de que estejam financeiramente sadios - afirmou nesta terça-feira o ministro da Saúde, Humberto Costa.

- Estão sendo discutidas alternativas, mas nenhuma que implique privilégio. Serão condições que eventualmente possam existir de empréstimo, para fusão, para reestruturação, mas é um assunto em debate - ressalvou.

Para o ministro, a abertura de linhas de crédito para o setor pode acelerar o processo de fusão de empresas e concentração do mercado, porque "existem no mercado empresas com dificuldades de cumprir todas as exigências da lei, inclusive da oferta das coberturas".

- Esse mercado ainda tem uma tendência de se concentrar, mas não haverá prejuízo a competição e escolha do consumidor. Será uma fase de acomodação do mercado - explicou o ministro.

Na avaliação do presidente da ANS, Fausto Santos, apesar de a média geral ser baixa, não são todas as empresas que estão em uma situação ruim.

- Temos uma parte do mercado que está muito bem, uma parte que não conseguiu se adequar a legislação e ao processo de regulação e uma parte que precisa que sejam adotadas medidas para que possa sair da situação em que se encontra - explica.

O nome das empresas não foi divulgado pela pesquisa.

Para Fausto Santos, do ponto de vista econômico-financeiro, "temos empresas de médio para grande porte que estão em uma situação melhor, enquanto as empresas pequenas, principalmente abaixo de dez mil beneficiários estão com uma situação mais complicada".

- Isso mostra que precisamos ter uma preocupação maior com esse porte de operadoras.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é uma agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde e tem por finalidade promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais - inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores - e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país.

A agência foi criada pela Lei 9.961/2000.

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo