Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Estudante faz descoberta que pode ajudar atletas com problemas cardíacos

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Sexta, 22 de Agosto de 2014 às 06:59, por: CdB
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Henry Roth pretende cursar medicina Fabrice Muamba não foi diagnosticado até ter uma parada cardíaca em campo
Um estudante britânico de 18 anos fez uma descoberta científica que pode ajudar a salvar as vidas de atletas negros portadores de problemas cardíacos não diagnosticados. Henry Roth provou que são necessários exames diferentes para detectar a cardiomiopatia hipertrófica em atletas brancos e negros, algo que atualmente não é feito. A cardiomiopatia hipertrófica é um problema hereditário e causa o aumento do músculo cardíaco, o que aumenta o risco de uma parada cardíaca repentina. Roth decidiu investigar o problema depois da morte de um tio dele, de apenas 21 anos, devido ao problema. O projeto de pesquisa do estudante surgiu a partir de uma conversa com um cardiologista do Hospital St. George, em Londres, que fez exames no coração de Roth para verificar se ele também tinha a doença. Os dois conversaram sobre como atletas negros tinham um risco maior de ter o problema. Sem diagnóstico A cardiomiopatia hipertrófica leva ao aumento do músculo cardíaco. Como exercícios intensos também podem aumentar o músculo cardíaco, muitos atletas não são diagnosticados. Um exemplo foi o jogador Fabrice Muamba, do time britânico Bolton, que desmaiou em campo em 2012 devido a uma parada cardíaca, apesar de ser apontado como um dos jogadores em melhor forma do clube. Ele ficou muito tempo sendo atendido até que os médicos conseguiram fazer o coração dele voltar a funcionar. No entanto, Marc-Viven Foe, jogador de Camarões, morreu durante uma partida em 2003. Outra outra forma de detectar a doença é medir os níveis máximos de consumo de oxigênio dos atletas durante exercícios cardiovasculares.
Depois de estudar atletas profissionais, Henry Roth descobriu que a média do nível máximo de consumo de oxigênio é diferente entre atletas brancos e negros, mas os médicos usavam a mesma medição para diagnosticar ambos. Por isso, atletas negros portadores da doença podem não ser diagnosticados. Roth afirmou que não acreditava que a diferença entre atletas brancos e negros ainda não tivesse sido notada. - Francamente, fiquei chocado, mas são necessárias pessoas chocadas para se fazer algo a respeito, fazer algo acontecer e não apenas aceitar as práticas de sempre - disse. Histórico familiar - Henry tem uma sede por pesquisas do coração, motivada pela experiência de sua família com morte súbita (por doença) cardíaca - disse o cardiologista do Hospital St. George que ajudou o estudante, Sanjay Sharma. - Ele quer garantir que outras famílias não passem pelo que ele passou, e estou muito animado pela pesquisa que ele realizou comigo e meus colegas no Hospital St. George. O trabalho de Henry tem o potencial de mudar a forma que examinamos atletas para (detectar) cardiomiopatia hipertrófica - acrescentou. A pesquisa de Roth foi finalista no Concurso Nacional de Ciência e Engenharia da Grã-Bretanha. Só na Grã-Bretanha, uma em cada 500 pessoas tem o problema, apesar de a doença não afetar as vidas da maioria dos pacientes. - Um avião no chão com um problema mecânico não é perigoso, mas, assim que ele começa a voar, torna-se perigoso. Assim que eles (os atletas) vão para para o campo, há a possibilidade de arritimia (batimento cardíaco irregular) - explicou Roth. O estudante vai voltar ao Hospital St. George para continuar suas pesquisas antes de tirar um ano para viajar. Em seguida, ele pretende estudar medicina.
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