Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Estado Islâmico enfrenta Exército sírio em disputa por campo de gás

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Quarta, 29 de Outubro de 2014 às 08:40, por: CdB
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Forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, tomam posições nos arredores da cidade de Morek, após retomarem o controle da área Funcionários públicos palestinos contratados pelo Hamas esperam para receber pagamento do lado de fora de agência bancária
Militantes do Estado Islâmico na Síria mataram ao menos 30 combatentes pró-governo durante ataque a um campo de gás, e testemunhas disseram que o confronto foi um dos mais violentos entre os dois lados, disse um grupo de monitoramento nesta quarta-feira. O Estado Islâmico tomou o campo de gás Sha'ar em julho, matando cerca de 350 militares, combatentes pró-governo, guardas e trabalhadores, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha. As forças do governo reconquistaram o campo, a leste da cidade central de Homs, no mesmo mês. Em uma nova rodada de confrontos nesta terça-feira, o Estado Islâmico tomou três poços e matou ao menos 30 combatentes do governo e aliados, segundo o Observatório, que monitora a violência na Síria por meio de uma rede de fontes. Os confrontos continuaram durante a noite, disse a organização. Confrontos em grande escala entre o governo sírio e o Estado Islâmico eram raros até o meio do ano, quando os jihadistas começaram a tomar posições do governo, incluindo uma série de bases militares na província de Raqqa, no norte. Os confrontos entre as duas partes continuaram a ocorrer apesar dos bombardeios de forças lideradas pelas EUA contra o Estado Islâmico na Síria no mês passado. Os Estados Unidos afirmam que não coordenam suas ações com o presidente sírio, Bashar al-Assad. Cerca de 200 mil pessoas já morreram no conflito sírio, que se tornou uma guerra civil em 2011 após uma repressão do governo a protestos inicialmente pacíficos por democracia. Combatentes iraquianos Combatentes iraquianos peshmerga chegaram ao sudeste da Turquia nesta quarta-feira, a caminho da cidade Síria de Kobani, para tentar ajudar companheiros curdos a derrubar o cerco feito pelo Estado Islâmico, que resiste aos ataques aéreos liderados pelos EUA. Kobani, próxima à fronteira com a Turquia, tem sido alvo de uma implacável ofensiva de militantes do Estado Islâmico há mais de um mês e seu futuro é um teste para a capacidade da coalizão liderada pelos EUA de combater os insurgentes radicais sunitas. Semanas de ataques aéreos sobre posições do Estado Islâmico nos arredores de Kobani, e as mortes de centenas de jihadistas, não foram o suficiente para quebrar o cerco. Curdos-sírios e seus aliados internacionais esperam que a chegada dos peshmerga, junto com suas armas mais pesadas, podem mudar o cenário. Um avião da Turkish Airlines tocou o solo da cidade de Sanliurfa, no sudeste turco, na madrugada (horário local), em meio a forte esquema de segurança, disse uma testemunha da Reuters. Um comboio de ônibus brancos escoltado por veículos blindados e carros da polícia deixou o aeroporto pouco após. - Eles estarão em nossa cidade hoje - disse Adham Basho, membro do Conselho Nacional Curdo Síria de Kobani, sobre os peshmerga, confirmando que um grupo com entre 90 e 100 combatentes havia chega a Sanliurfa. Um outro grupo de peshmergas está viajando para a região fronteiriça turca por terra com armamentos mais pesados. Um canal curdo de televisão mostrou um vídeo com o que disse ser um comboio peshmerga de veículos carregados com armas a caminho de Kobani. Saleh Moslem, co-presidente do Partido da União Democrática Curdo-Síria (PYD), disse que os peshmerga devem entrar em Kobani, conhecida em árabe como Ayn al-Arab, na noite de quarta-feira (horário local) e que eles levariam armamento pesado com eles. - É principalmente artilharia ou armas antitanques e antiblindados - disse ele, acrescentando que o equipamento deve ajudar combatentes curdo-sírios a repelir insurgentes do Estado Islâmico que têm utilizado veículos blindados capturados em ofensivas anteriores. O Estado Islâmico causou alarme internacional após ter capturado grandes faixas territoriais no Iraque e na Síria, declarando um “califado" islâmico e ignorando as fronteiras entre os dois países, além de massacrar e expulsar muçulmanos xiitas, cristãos e outras comunidades que não compartilham suas crenças radicais do Islã sunita. Faixa de Gaza 
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Cerca de 24 mil funcionário públicos de Gaza contratados pelo grupo islâmico Hamas, muitos dos quais sem receber salário integral há quase um ano, finalmente foram pagos nesta quarta-feira pelo novo governo de unidade palestina, com sede na Cisjordânia. Os fundos foram fornecidos pelo Catar, que é um aliado do Hamas. Mas o fato de o dinheiro ter sido entregue pela administração da Cisjordânia aumentou as esperanças de que o pacto de união entre os rivais palestinos pode trazer frutos. Combatentes do Hamas tomaram controle de Gaza em 2007 das mãos de forças leais ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, que tem o apoio do Ocidente. A desconfiança mútua se acirrou desde então, estragando as esperanças pela construção de um Estado independente combinando vários territórios palestinos. No entanto, os dois lados finalmente assinaram um pacto de reconciliação em junho, e, após negociações envolvendo a Organização das Nações Unidas, veículos trazendo dinheiro para os salários viajaram da Cisjordânia, por dentro de Israel, para a isolada Faixa de Gaza. Milhares de servidores lotaram as agências de correios de Gaza já nas primeiras horas para receber pagamentos individuais de US$ 1.200 -- algo raro após a devastadora guerra com Israel. - Este dinheiro será para pagar minhas dívidas. Eu tenho que pagar o aluguel atrasado, a eletricidade, conta de água, supermercado e açougue - disse Mahmoud Al-Serhy, que trabalha no sistema de saúde. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, descreveu o fato como um “pagamento humanitário”, embora o dinheiro não seja suficiente para compensar totalmente os meses de salários reduzidos ou nulos. Não há planos imediatos para pagamento no mês que vem, ou qualquer outro. Cerca de 13 mil funcionários de segurança de Gaza leais ao Hamas e mais de três mil servidores civis foram excluídos do pagamento.
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