Foi um ensaio atípico para os padrões da Mangueira. A quadra, uma das mais concorridas das escolas de samba, que vinha ficando superlotada desde outubro, com quase cinco mil sambistas por noite, no último sábado recebeu pouco mais de 1.500 pessoas. Segundo o presidente da escola, Álvaro Caetano, o Alvinho, a forte chuva que caiu durante o dia e o desaparecimento do presidente da bateria, Robson Roque, colaboraram para o esvaziamento da quadra.
A polícia suspeita que Roque tenha sido esquartejado e incinerado por traficantes no alto do Morro do Telégrafo, na madrugada da quinta-feira. O clima entre diretores e componentes da escola era de consternação. Visivelmente abatido, Alvinho garantiu que a programação da escola prosseguirá normalmente. Segundo ele, até que seja confirmado oficialmente que os restos mortais achados no Telégrafo são do presidente da bateria, o caso será tratado como mera especulação.
O delegado Fábio Ferreira, da 17ª DP (São Cristóvão), pedirá ao Ministério Público, autorização para fazer exame de DNA com o material genético recolhido no morro. Um irmão de Roque vai fornecer material para o exame. O delegado José Renato Torres, subchefe de Polícia Civil, disse que o presidente da Mangueira e a vice-presidente, Eli Gonçalves, foram intimados a depor.
Ensaio da Mangueira mais vazio após desaparecimento de diretor
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Segunda, 13 de Dezembro de 2004 às 00:26, por: CdB