As enchentes que atingem cidades do sul da China mataram pelo menos 80 pessoas e deixaram dezenas de desaparecidos. Quase 700.000 pessoas foram forçadas a fugir para sobreviver, disseram nesta quinta-feira moradores e a mídia estatal.
A situação pode piorar, já que estão previstas chuvas fortes na região pelo menos até o final da semana.
- As enchentes são enormes. Elas formaram uma cachoeira e submergiram a cidade - disse Liang Kongzheng, autoridade do governo de Wuzhou, cidade industrial da região de Guangxi, onde dezenas de milhares de pessoas foram retiradas.
- Os residentes foram levados a lugares com mais de 27 metros de altura. As pessoas estão se movimentando pelas ruas alagadas com barcos pequenos, e os alarmes de enchente soam regularmente - disse Liang.
As cheias mataram pelo menos 32 pessoas em Guangxi e forçaram a retirada de 330.000.
Aviões militares lançaram alimentos, remédios e outros suprimentos de emergência em algumas das cidades mais atingidas. Cerca de 10.000 pessoas em Guangxi estão isoladas, disse a televisão estatal.
A China enviou 2,4 milhões de dólares de emergência e mais de 2.000 soldados à província de Wuzhou, disse a agência de notícias estatal Xinhua.
Nas províncias de Guangdong e Fujian, pelo menos 48 pessoas morreram e mais de 350.000 ficaram desabrigadas, disse o jornal China Daily.
O sul da China é atingido por enchentes todos os verões, provocando enormes perdas. O desmatamento agrava o problema, já que as chuvas provocam deslizamentos de terra e enxurradas de lama nas montanhas.
Os montes desmatados são culpados em parte pela enxurrada que devastou uma escola primária na província de Heilongjiang neste mês, matando 117 pessoas - sendo 105 crianças.