O emprego na indústria brasileira elevou-se em 0,4% em janeiro sobre dezembro, interrompendo dois meses de quedas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Em dezembro, a pesquisa havia registrado queda de 0,3%.
Na comparação com janeiro do ano passado, a alta foi de 3,2% no nível de emprego industrial. Das 14 áreas pesquisadas, 12 observaram um crescimento no total de empregos em relação a janeiro de 2004, com destaque para São Paulo, com expansão de 2,6% e aumento nas contratações nos setores de máquinas e equipamentos (13,8%) e meios de transporte (13,5%). Minas Gerais registrou expansão de 5,3% puxado pelas contratações de produtos de metal (32,6%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (20,2%).
Segundo analistas, o mercado de trabalho oferece mais vagas aos setores de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos, por exemplo) e e bens de capital (máquinas e equipamentos), responsáveis pela expansão da indústria em 2004. Por esse motivo, São Paulo e Minas continuam liderando as contratações da indústria.
As contribuições negativas vieram das indústrias do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. A queda de 1,2% no emprego industrial no Rio Grande do Sul é conseqüência do fraco desempenho dos setores de calçados e couro e da indústria de transformação. O Rio de Janeiro teve queda de 1% após três meses de resultados positivos em razão do desempenho de vestuário e produtos de metal.
Folha de pagamento
A folha de pagamento dos trabalhadores da indústria aumentou 6,2% em janeiro ante dezembro e 5% contra 2004.
"Este comportamento elevado de janeiro pode ser explicado, sobretudo, pela associação do pagamento de benefícios relativo a férias, com o efeito positivo da inflação", disse o IBGE em comunicado.
O total de horas pagas aos trabalhadores caiu 0,9% sobre dezembro, mas subiu 2,9 por cento ante o ano passado.
A jornada média de trabalho declinou 0,3% contra dezembro.