Um general do Exército nepalês e quatro soldados de sua escolta morreram e outros seis ficaram feridos em uma emboscada empreendida pela guerrilha maoísta no sul do Nepal. A informação foi dada neste domingo por porta-voz militar.
O general de brigada Sagar Bahadur Pandey, chefe da Divisão de Produção de Armamento do Real Exército Nepalês, é a autoridade mais destacada das Forças Armadas a ser morta em uma ação guerrilheira desde que os rebeldes iniciaram a luta armada no país em 1996. Os fatos aconteceram a cerca de 150 quilômetros de Katmandu, na estrada que une os povoados de Bhainse e Bimphedi, ao explodir uma mina quando o carro em que o general viajava passou.
Depois da explosão, um grupo de rebeldes que se encontravam junto à estrada abriram fogo contra os veículos da escolta do alto comando militar, que se dirigia a um quartel no povoado de Bimphedi. As Forças Armadas e de Segurança do Nepal organizaram uma ampla operação na região para tentar capturar os rebeldes.
O assassinato do general confirma a mudança de estratégia anunciada pelos rebeldes maoístas depois da ruptura, no dia 28 de agosto, dos sete meses de trégua que tinham mantido com as autoridades de Katmandu para tentar negociar um acordo de paz.
Os maoístas assinalaram que cometeriam ataques e atentados mais seletivos, contra personalidades políticas ou militares do regime ou contra quartéis e unidades militares ou policiais, mas não contra soldados ou agentes isolados. Também anunciaram que sua ação se dirigiria contra organizações financiadas pelos Estados Unidos, mas afirmaram que entre seus alvos não estão cidadãos americanos nem nenhum outro estrangeiro.
Aproximadamente 1.200 pessoas morreram pela violência no Nepal desde a ruptura da trégua há menos de três meses, no período mais sangrento desde que se iniciou a luta maoísta, que levou a morte em sete anos cerca de 9.000 pessoas.