Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Emagrecer melhora situação econômica

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Quarta, 06 de Julho de 2005 às 02:19, por: CdB

Segundo um artigo publicado, esta semana, na revista <i>Economics an Human Biology</i>, as pessoas que perdem peso também tendem a melhorar sua situação econômica à medida em que se livram dos quilos a mais.

O estudo descobriu que o vínculo entre a perda de peso e a melhora na situação econômica é é mais expressivo entre as mulheres brancas.

As mulheres negras e os homens brancos também melhoraram sua situação econômica conforme perderam peso, mas a diferença não foi tão notável como entre as brancas.

Por outro lado, a situação econômica dos homens negros não experimentou muitas mudanças com relação à perda de peso.

- A partir dos dados, não podemos dizer com absoluta certeza que a perda de peso seja a razão para o ganho em riqueza, mas o vínculo claramente existe - disse Jay Zagorsky, autor do estudo e cientista do Centro para a Investigação Humana da Universidade de Ohio.

- A pessoa típica que perde ou ganha alguns poucos quilos quase não teve mudanças em sua riqueza, mas os que perderam ou ganharam muitos quilos tiveram mudanças notáveis em sua situação econômica - acrescentou Zagorsky.

Por exemplo, as mulheres brancas que perderam 10 pontos em seu índice de massa corporal -determinada pela relação entre peso e altura - tiveram um aumento médio de US$ 11.880 em suas receitas.

Os homens brancos, com uma perda similar de peso, tiveram um aumento de US$ 12.720, e as mulheres negras um aumento de US$ 4.480.

Os investigadores estudaram os dados de aproximadamente 7.300 pessoas que participaram de uma pesquisa financiada principalmente pelo Escritório de Estatísticas Trabalhistas do Departamento de Trabalho dos EUA.

Essas mesmas pessoas foram entrevistadas várias vezes, o que deu a Zagorsky a oportunidade de ver como os níveis de excesso de peso e receitas dos indivíduos mudavam ao longo do tempo.

Zagorsky utilizou os dados de 12 dessas pesquisas, feitas entre 1985 e 2000. Todos os participantes tinham idades entre 21 e 28 anos em 1985.

O pesquisador calculou a altura e o peso de cada participante com base em seus índices de massa corporal. As pessoas com índices de massa corporal de 18,5 se consideraram abaixo do peso normal, as de 18,5 a 24,9 com peso normal, as de 28 a 29,9 com excesso de peso, e as de 30 ou mais afirmaram estar obesas.

Além disso, os participantes deram informação sobre seu "valor líquido", ou seja, economias com dinheiro, casas, ações, bônus e veículos, entre outros valores. Desse valor foram subtraídas as dívidas pendentes.

Em termos gerais, os resultados mostraram que para cada unidade de aumento no índice de peso corporal de uma pessoa jovem havia uma redução de US$ 1.300, ou 8%, no valor líquido de seus ativos.

No entanto, as mudanças foram muito diferentes entre homens e mulheres e vários grupos étnicos.

Os aumentos no índice de massa corporal não mostraram vínculos com as receitas entre os homens negros, e apareceram relacionados com pequenas mudanças negativas na situação dos homens brancos.

Os aumentos de massa corporal mostraram uma relação com mudanças negativas médias na situação econômica das mulheres negras e grandes mudanças negativas na das brancas.

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