Em Papua Nova Guiné, as eleições nunca foram um bom negócio. 80% dos seus 4,6 milhões de habitantes vivem distante cidades, em tribos isolados, pendurados às montanhas ou perdidos na selva. A duração do tempo de votação é ligada ao estado das estradas. Os eleitores tinham, por conseguinte, duas semanas para escolher entre 2.875 candidatos que representam 43 partidos, em uma disputa por 109 cadeiras no Parlamento de Port Moresby. No momento, 88 deputados foram eleitos mas seus lugares continuarão vazios porque, em certas regiões, as urnas, os boletins e às vezes os próprios funcionários responsáveis pelas seções eleitorais têm simplesmente desaparecido. "Na província de Enga, um dos candidatos e os seus cabos eleitorais ameaçaram os funcionários com fuzíz, tomaram as 23 urnas e forçaram os eleitores a votar por seu partido. "Outros funcionários não cumprem a chamada, dizem que foram sequestrados. Todos os funcionários e as suas famílias sofrem ameaças", explica Reuben Kaiulo, o diretor da comissão eleitoral.
Eleições em Papua Nova Guiné transformaram-se em caos
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Sábado, 27 de Julho de 2002 às 09:12, por: CdB