O Estado Islâmico garantiu nesta quarta-feira que decapitou o refém croata, Tomislav Salopek, que havia sido sequestrado no Cairo. Como prova, o grupo jihadista postou uma foto do suposto corpo em uma rede social.
Os extremistas haviam dado na última sexta-feira um prazo de 48 horas para a liberação de mulheres muçulmanas presas no Egito, caso contrário, matariam o cidadão da Croácia. Sob a foto, grupo escreveu: “Execução de prisioneiro da Croácia, que tem participado em guerra contra o Estado islâmico, o prazo terminou”
A agência de notícias oficial croata HINA, citando uma fonte do Ministério das Relações Exteriores do país, publicou que “não há confirmação de que o cidadão Tomislav Salopek foi morto”. A vítima, de 31 anos, seria pai de dois filhos e trabalharia para a empresa francesa de serviços geofísico CGG no Egito.
O sequestro deixou os funcionários estrangeiros em multinacionais no território egípcio apreensivos. O país afirmara que havia intensificado a busca pelo croata após um vídeo de Salopek ser divulgado no dia 5 deste mês. O Egito luta contra o Estado Islâmico na Península do Sinai
Erdogan promete guerra Na terça-feira, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu dar continuidade à campanha militar contra militantes curdos até que não reste terrorista algum. Enquanto ele discursava numa cerimônia militar, Ancara lançava novos ataques contra rebeldes curdos no país. - Nossa luta vai continuar até que não reste nem ao menos um terrorista dentro das nossas fronteiras e até que concreto seja derramado (sobre suas armas) - disse Erdogan. Ele afirmou não estar falando em "depor as armas, mas em enterrá-las". Nos últimos dois dias, caças turcos bombardearam 17 alvos na província turca de Hakkari, como parte da ofensiva contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Até pouco tempo atrás, o partido travava negociações de paz com o governo, após anos de insurgência. Críticos afirmam que a "guerra sincronizada contra o terror" de Erdogan, anunciada no mês passadocontra o PKK e o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI), é simplesmente uma tentativa de recuperar apoio a seu partido, o AKP, que teve um mau desempenho nas urnas em junho. Apesar de a estratégia de Erdogan supostamente ter como objetivo ajudar na luta contra o EI, até agora foram atacados sobretudo alvos curdos. Muito menos ênfase foi dada a alvos do EI na fronteira com a Síria. Os curdos separatistas do PKK responderam aos recentes ataques quebrando um cessar-fogo que entrou em vigor em 2013 e promovendo uma campanha sangrenta contras as forças de segurança. Na segunda-feira, quatro policiais turcos morreram num ataque a bomba reivindicado pelo PKK. Segundo levantamento da agência de notícias AFP, desde o início da crise atual, 29 membros das forças de segurança do país morreram em atos de violência ligados ao partido curdo.