A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou acima do esperado em fevereiro, pressionada sobretudo pelos maiores custos, sazonais, de educação. O IPCA-15 subiu 0,74% informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, ante alta de 0,68% em janeiro e expectativa média de 0,68%.
Educação foi a principal pressão do mês, com elevação de 6,34%, contribuição de 0,25 ponto percentual, ou um terço, para o índice geral.
"Com os valores das mensalidades normalmente revisados no início do ano pelos estabelecimentos de ensino particular e computados no índice de fevereiro, o item ficou com a maior contribuição no mês", disse o IBGE em comunicado.
As tarifas de Ônibus intermunicipais também impactaram, com alta de 6,11%. Outras variações significativas vieram de eletrodomésticos - alta de 1,85% - e serviços de conserto de automóveis - de 1,95%.
Já os combustíveis ajudaram a conter uma variação maior. O álcool caiu 1,74%, a gasolina declinou 0,67% e o gás de cozinha, 0,60%. Os preços de alimentos subiram menos em fevereiro, em 0,53% contra 0,97% em janeiro. Entre as regiões, São Paulo teve a maior alta do IPCA-15, de 0,94%. A menor taxa ficou com Belo Horizonte, de 0,47%.
O IPCA-15 usa a mesma metodologia do IPCA, apurando a variação de preços para famílias com renda até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença entre eles está no período de coleta, já que o IPCA mede o mês calendário, já que o primeiro mede o mês calendário, enquanto o outro apurou os preços entre 13 de janeiro e 14 de fevereiro.