Depois de acertar o seu futuro com o Fluminense, o atacante Edmundo, através do seu advogado, Luís Roberto Leven Siano, anunciou nesta quinta-feira as medidas que vai tomar contra o Vasco. Totalizando todos os processos, o clube teria que pagar R$ 23 milhões ao Animal.
Na Justiça, Edmundo já abriu quatro frentes de disputa com o clube. Na primeira, o Vasco teria que pagar imediatamente os R$ 2,2 milhões do acordo homologado em 2003. Leven Siano entrou com o pedido no dia 12, e no máximo em um mês o processo será executado.
Na segunda medida, o advogado pediu à Rádio Globo uma cópia do debate dos presidentes dos clubes. Na ocasião, Eurico Miranda afirmou que Edmundo sabia que o Vasco não poderia pagar o seu salário e as parcelas do acordo. O clube seria processado por ter utilizado de má fé e teria que pagar R$ 6 milhões.
Numa medida chamada de Reconvenção, Edmundo quer provar na Justiça que o Vasco cobra um valor indevido por quebra de contrato, danos morais e materiais. Neste caso, se derrotado o clube pagaria mais R$ 7 milhões de indenização. Na última medida, o patrimônio e os sócios do clube poderiam ser envolvidos no litígio.
O advogado do Animal cobra sete meses de salários atrasados, FGTS, 13º e férias proporcionais. E, segundo ele, como o Vasco pode ser considerado uma Sociedade de fato, na qual bens e dívidas pertencem a todo quadro social, os associados teriam que pagar R$ 7 milhões.
Na parte desportiva, Leven Siano levará até fevereiro o caso à Fifa, e, como conseqüência, o Vasco poderia ficar sem vender e contratar jogadores por um ano. Além disso, baseando-se na Lei 6354/76, o clube que tem dívidas com os seus empregados não pode disputar nenhuma competição.