Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Dossiê sobre jovens violentos no RJ é entregue ao Ministério Público

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Domingo, 21 de Março de 2004 às 23:26, por: CdB

Chico Cozeto, gerente de uma boate no Rio de Janeiro, conversou com vítimas de violência e constatou que o número de ataques nas proximidades da casa noturna aumentou nos últimos oito meses. A investigação está em um dossiê encaminhado ao Ministério Público, traçando um perfil dos agressores.

Cozeto disse ao programa 'Fantástico' que a maior parte das agressões acontece nos fins de semana, principalmente sábados, entre 0h e 4h. O grupo escolhe a vítima aleatoriamente, que pode ser agredida socos, pedradas e mesmo barras de ferro. Eles não costumam atacar pessoas fortes, maiores ou que estejam em grupos. Preferem atacar as pessoas que estão sozinhas ou em pequenos grupos, de acordo com o gerente.

A boate contratou mais seguranças e criou uma lista negra com nomes de 'pitboys' que estão proibidos de entrar na boate, mas eles costumam esperar as vítimas na saída da casa.

- O pitboy é um garoto de classe média, classe média alta, covarde. O barato deles é ver as pessoas chorando, gritando, berrando sentindo dor - explicou ao programa a delegada Monique Vidal.

Na madrugada de 30 de janeiro, seis rapazes de Itaperuna, no Rio de Janeiro, surraram dois estudantes capixabas, em Guarapari. Uma das vítimas disse que ele e um amigo apanharam com pedaços de pau, barra de ferro, soco e pontapé. Um médico disse que os dois poderiam ter morrido. Um deles teve os ossos da face triturados e o outro ficou uma semana em coma.

As famílias das vítimas seguiram com a denúncia e os seis agressores foram indiciados por tentativa de homicídio. Cinco estão presos. O sexto fugiu. A advogada do grupo argumenta que não houve intenção de matar.

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