O dólar encerrou em discreta baixa de 0,07% nesta sexta-feira, negociado a 2,718 reais, na segunda sessão consecutiva sem o leilão de compra do Banco Central.
De acordo com analistas, o mercado teve um dia "parado", com volume baixo de negócios, enquanto os investidores aguardavam uma atuação do BC. A moeda norte-americana oscilou durante todo o dia sem se distanciar muito do nível de fechamento da véspera.
- Existe pressão externa, existe cautela, mas quem puxou o dólar para cima foi o BC e desde ontem ele simplesmente largou - afirmou Hideaki Iha, analista de mercado da corretora Souza Barros.
- O mercado quer tentar entender a atuação do BC. Se ele não entrar, por exemplo, em 2,715 (reais), o mercado vai entender que o dólar pode ir mais para baixom - disse, citando que o fluxo continua positivo.
Analistas disseram, no entanto, que o dólar não tem muita força para ceder. Na mínima do dia, a moeda recuou apenas 0,37%, para 2,710 reais.
Segundo Jorge Knauer, gerente de câmbio do banco Prósper, o volume de negócios no dia foi muito pequeno para causar fortes variações no câmbio.
Ele acredita também que:
- Não vale vender dólares neste momento porque chegou em um nível que o mercado está enxergando como piso.
Para José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação, não há interesse por parte dos bancos em derrubar o preço do dólar porque muitos estão com posição comprada -apostando na elevação do preço.
Analistas lembraram que o mercado está bem cauteloso diante dos eventos da próxima semana, quando haverá reunião do Federal Reserve (Fed) e divulgação de dados da inflação dos Estados Unidos e da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Na semana, o dólar também mostra recuo de 0,07%, mas no mês a divisa acumula alta de 4,94%.
Dólar teve baixa dois dias seguidos
Arquivado em:
Sexta, 18 de Março de 2005 às 13:46, por: CdB