O fluxo cambial positivo neutralizou os efeitos da alta do petróleo sobre o dólar negociado no Brasil. A moeda fechou praticamente estável, em alta de 0,06%, cotada a R$ 2,871 na compra e R$ 2,873 na venda. Já os títulos da dívida externa se desvalorizaram com mais força que o real. O C-Bond caía 37% no final da tarde, ajudando a elevar o risco-país brasileiro em 9 pontos, para 486 pontos-base.
- Se o mercado externo tivesse ajudado, o dólar teria recuado, porque há perfeitas condições para isso. Há aumento expressivo de exportações e o cenário interno permanece tranqüilo - disse João Medeiros, diretor da corretora Pioneer.
O superávit de US$ 922 milhões da balança comercial na quarta semana de setembro foi um dos destaques do dia para o mercado de câmbio. A balança já acumula superávit recorde de US$ 24,8 bilhões no ano, mostrando que o fluxo de exportações continua vigoroso. Além da balança comercial, as captações do setor privado também colaboram para manter o dólar em patamares mais baixos.
Depois da elevação dos juros básicos da economia em 0,25 ponto percentual, as instituições financeiras reduziram a projeção para a inflação deste ano. Segundo o Boletim do Banco Central, a inflação de 2004 ficará em 7,34%. Na semana anterior, essa projeção era de 7,37%.
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam entre a estabilidade e leves baixas, mesmo com a pressão de alta sobre o risco-país. A desaceleração do IPC-Fipe de 0,56% para 0,32% entre a segunda e a terceira quadrissemana de setembro foi a principal notícia para o mercado futuro de juros, que aguarda para esta terça a divulgação do relatório de inflação do Banco Central.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro fechou com taxa de 16,66% ao ano, estável no dia. A taxa do DI de abril, o mais negociado, foi reduzida de 17,13% para 17,12% ao ano. O vencimento de julho terminou o dia com taxa de 17,41% anuais, frente aos 17,44% anteriores. A taxa Selic é hoje de 16,25% ao ano.
Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024
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