Estão cada vez mais distantes as estimativas do mercado em relação a cotação do dólar para o final de 2003. Na média, os analistas esperam o dólar a R$ 3,00 na virada do ano.
Os últimos dias, no entanto, mostram que as forças do mercado estão agindo em direção contrária e é bem provável que a moeda norte-americana mantenha o atual patamar até a virada do ano.
Nem mesmo os vencimentos de dívida pública e privada previstos até a primeira semana de janeiro pressionam a cotação da divisa que responde ao fluxo positivo.
A balança comercial continua gerando forte entrada de dólares no País, ao mesmo tempo em que as empresas estão conseguindo renovar operações de empréstimos no exterior ou iniciando novos programas. Ontem, foi a vez da Petrobras.
Segundo comentários que circularam pelas mesas de câmbio, a emissão da estatal teria atingido US$ 750 milhões. Além dessa captação, também emitiram no exterior o banco Votorantim e a Brascam Imobiliária.
No mercado, os comentários são de que as compras de dólares por parte do Banco do Brasil têm sido constantes e, agora, em maior volume. No segmento de renda fixa a tendência também é de queda.
As projeções para as taxas de juros já sinalizam nova alteração de apostas dos participantes desse mercado para o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O contrato de juros de janeiro passa a embutir um corte de 1,5 ponto percentual para a Selic.
CÂMBIO O dólar a R$ 2,932 para a compra e a R$ 2,934 para a venda, com estabilidade em relação ao fechamento anterior.
JUROS
O contrato de juros de julho recuou de 15,80% ao ano para 15,76% (antes do ajuste).
BOVESPA
O Ibovespa fechou aos 20.540 pontos, com valorização de 0,40%. O giro financeiro foi de R$ 940 milhões.