Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Dois jornalistas mortos na Colômbia

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Terça, 08 de Abril de 2003 às 05:24, por: CdB

Dois jornalistas foram mortos na Colômbia em apenas 24 horas, segundo autoridades colombianas. Na cidade de Barrancabermeja, no leste do país, foi encontrado morto com um tiro o jornalista Juan Emeterio Rivas, que trabalhava para uma rádio local. Horas antes, a polícia comunicara a morte da editora de economia do jornal El Tiempo, Clara Inés Rueda. Ela morreu vítima de ferimentos a bala, depois que seu carro foi atingido por tiros de militares, quando o carro dela não parou em uma barreira militar, ao norte de Bogotá. Rivas tinha divulgado notícias sobre casos de corrupção no município em seu programa de rádio. Ele também tinha recebido ameaças de morte de guerrilheiros marxistas, segundo a polícia. No mês passado, Luiz Eduardo Alfonso, um repórter do jornal El Tiempo foi morto quando chegava ao escritório, na cidade de Arauca, no Colômbia. A Colômbia tem uma reputação como um dos lugarem mais perigosos do mundo para jornalistas, mas as ameaças contra a mídia têm aumentado recentemente, segundo um correspondente da BBC em Bogotá. Pelo menos 14 jornalistas deixaram a região de Arauca nas últimas semanas, por causa de ameaças de grupos rebeldes armados. No início do mês, o vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos, se reuniu com representantes de associações de jornalistas para tratar do tema. Além de assassinatos, jornalistas estrangeiros que trabalham no país também pode sofrer seqüestros. Em janeiro, três jornalistas americanos foram seqüestrados por um grupo de paramilitares das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC). O americano-canadense Robert Young Pelton, autor do livro Os Lugares Mais Perigosos do Mundo, foi mantido prisioneiro junto com dois outros jornalistas americanos Mark Wedeven e Megan Smaker. Os três foram capturados enquanto trabalhavam na região de Paya, a 10 quilômetros da fronteira da Colômbia com o Panamá. Eles foram liberados depois de alguns dias. Em outro incidente separado, também em janeiro, a jornalista inglesa Ruth Morris e o fotógrafo americano Scott Dalton foram seqüestrados pelo Exército de Libertação Nacional (ELN). Os dois trabalhavam para o jornal Los Angeles Times e estavam fazendo uma reportagem na região petroleira do estado de Arauca. Foram libertados dez dias depois.

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