A dívida pública interna em títulos cresceu 0,4% em outubro frente ao mês anterior, atingindo R$ 937,3 bilhões, como resultado da apropriação de juros, informaram nesta quarta-feira Tesouro e Banco Central. O crescimento se deu apesar do resgate líquido de R$ 6,9 bilhões em dívida no período. A parcela de papéis atrelados ao câmbio, incluindo os contratos de swap cambial, caiu para 3,78% do total, ante 3,82% em setembro.
A parcela de papéis prefixados - considerados os mais adequados para o gerenciamento da dívida - recuou para 24,48%, frente a 25,76% no mês anterior. Já a participação dos papéis corrigidos pela Selic aumentou para 55,68% do total, contra 54,33% em setembro. Em contrapartida, o prazo médio das emissões aumentou para 29,9 meses, ante 27,5 meses do mês anterior. O prazo médio do estoque passou para 27,5 meses, frente a 27,2 meses em setembro.
A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) Federal Interna aumentou R$ 4,12 bilhões (0,44%) no mês de outubro, elevando o total da dívida em títulos de emissão do Tesouro Nacional e do Banco Central para R$ 937,34 bilhões. Houve, portanto, crescimento de R$ 127,08 bilhões, ou 15,68%, na comparação com os R$ 810,26 bilhões registrados em dezembro do ano passado.
Os números constam de relatório elaborado em conjunto pelo Tesouro e pelo BC, distribuído nesta quarta-feira pelo Ministério da Fazenda. O documento explica que o aumento no mês foi provocado pelo pagamento de juros da dívida, e acrescenta que o total está dentro da previsão do Plano Anual de Financiamento, que estimou intervalo entre R$ 940 bilhões e R$ 1 trilhão no encerramento do ano.
Os resgates de títulos públicos superaram as emissões, no mês passado, acarretando expansão monetária de R$ 6,9 bilhões. O Tesouro comprou títulos equivalentes a R$ 43,7 bilhões, dos quais R$ 4,4 bilhões referentes a operações antecipadas de troca; e colocou no mercado R$ 38,8 bilhões em títulos com remuneração prefixada.
a dívida interna é o somatório dos débitos assumidos pelo governo junto às pessoas físicas e jurídicas residentes no próprio país. Sempre que as despesas superam as receitas, há necessidade de dinheiro para cobrir o déficit. A emissão de títulos é uma das três opções que as autoridades econômicas têm para isso. As outras duas são a emissão de papel-moeda e o aumento da carga tributária (impostos).