Rio de Janeiro, 30 de Dezembro de 2024

Discurso bélico sobe de tom entre as Coreias após teste nuclear

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Domingo, 11 de Setembro de 2016 às 12:50, por: CdB

Um enviado especial dos EUA reuniu-se com autoridades japonesas neste domingo e disse mais tarde que os Estados Unidos podem lançar sanções unilaterais contra o Norte, na guerra das Coreias

 
Por Redação, com agências internacionais - de Pyongyang e Seul
  A Coreia do Norte afirmou, em comunicado internacional, neste domingo, que a pressão para que novas sanções sejam aplicadas após seu quinto teste nuclear é "ridícula", e prometeu continuar a reforçar o seu poder nuclear. O Estado comunista realizou na sexta-feira sua explosão nuclear mais poderosa até o momento, dizendo que dominou a capacidade de montar uma ogiva nuclear em um míssil balístico, elevando uma ameaça que seus rivais e as Nações Unidas têm sido incapazes de conter.
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Fontes ligadas ao governo da Coreia do Sul falam de um plano para atacar a capital do Norte com forças especiais
Um enviado especial dos EUA reuniu-se com autoridades japonesas neste domingo e disse mais tarde que os Estados Unidos podem lançar sanções unilaterais contra a Coreia do Norte, ecoando comentários do presidente Barack Obama na sexta-feira, na sequência do teste. "O grupo de Obama correndo por aí e falando sobre sanções sem sentido até hoje é muito ridículo, quando a sua política de "paciência estratégica" está completamente desgastada e eles estão perto arrumarem as malas para sair," disse a agência norte-coreana de notícias KCNA, citando um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte neste domingo. "Como já deixamos claro, medidas para fortalecer o poder nuclear nacional em qualidade e quantidade vão continuar a proteger nossa dignidade e direito de viver em meio a crescentes ameaças dos Estados Unidos de uma guerra nuclear", acrescentou a KCNA. Mais cedo, a agência de notícias Yonhap, da Coreia do Sul, relatou que os militares da Coreia do Sul têm um plano para usar seus mísseis para "dizimar" áreas de Pyongyang se houver sinais de que o Norte está prestes a lançar um ataque nuclear, citando uma fonte militar. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul não confirmou imediatamente a reportagem, mas os militares já prometeram tomar medidas fortes para retaliar em caso de um ataque pelo Norte.

Coreias em guerra

Enquanto seus vizinhos do Norte ameaçam seguir na guerra, agora em um novo degrau na escalada atômica da região, os militares sul-coreanos anunciaram, também neste domingo, um plano de ataque maciço preventivo contra Pyongyang, capaz de destruir a capital norte-coreana e matar milhões de pessoas em questão de minutos, caso percebam que o regime de Pyongyang tenha preparando um ataque nuclear, informou na manhã do domingo a agência de notícias Yonhap se referindo a fontes militares de Seul. Segundo os militares sul-coreanos, a potência do dispositivo explosivo utilizado na Coreia do Norte pode ter sido de 10 quilotoneladas equivalentes de TNT. Os especialistas também destacaram que estes testes foram os maiores da história da Coreia do Norte. E reforçaram a ameaça: — Cada bairro de Pyongyang, especialmente aqueles onde se localiza a liderança norte-coreana, será completamente destruído por mísseis balísticos e munições incendiárias, logo que a Coreia do Norte mostre o menor sinal de uso de armas nucleares. Em outras palavras, a capital norte-coreana será transformada em cinzas e será varrida do mapa — disse uma fonte da agência. De acordo com outra fonte da agência Yonhap, a Coreia do Sul pode usar para isso seus mísseis terra-terra com alcance de 300, 500 e mil quilômetros. Outra fonte do ministério da Defesa falou à agência sobre a existência de uma unidade militar especial, cujo objetivo é a destruição da liderança norte-coreana e a realização de ataques de retaliação. O teste nuclear de Pyongyang já foi condenado pelos governos do Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e vários estados europeus. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse por sua vez que Moscou está "seriamente preocupada com a realização do teste" da Coreia do Norte.
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