Diretor do Sampaio Corrêa, time maranhense pelo qual Cristiano Júnior, brasileiro que morreu em campo neste domingo na Índia, jogou, Edvaldo Coelho fez muitos elogios ao atleta, a quem comparou ao ex-são-paulino França.
"Ele sempre foi um jogador muito bonzinho fora de campo, era um sujeito humilde, boa praça, foi uma tristeza receber uma notícia dessas", disse Coelho à Reuters.
O dirigente, que ia entrar em contato com a família do atleta a fim de consolá-la, afirmou que Júnior foi tentar a sorte no exterior para receber "uns trocados" e poder ajudar seus parentes no Brasil.
Segundo ele, foi o jogador quem quis sair do Sampaio Corrêa atrás do sonho de um futuro melhor.
- O futebol maranhense revela bons jogadores, mas os times daqui não têm condições para segurá-los no Estado - comentou.
Ainda de acordo com Coelho, quem admirava o estilo de jogar de Júnior era Isaías Tinoco, do Vasco, outro clube brasileiro que o atleta defendeu.
- Mas lá (no Vasco) a concorrência era enorme. De qualquer jeito ele era um atacante nato, soube que vinha marcando gols na Índia, mas desconheço que tivesse algum problema de saúde - declarou.
Sobre o choque com o goleiro rival, que segundo um amigo de Júnior que também atua na Índia foi uma agressão, Coelho preferiu não opinar. Disse que tinha visto o lance pela TV, mas queria analisar melhor para dar uma opinião mais ponderada.
- Foi um choque esquisito, porque o goleiro parece que entrou com a mão no rosto dele (de Júnior), parece que deu um murro, não é? Mas não dá para saber o que foi, temos que esperar a autópsia e a investigação da polícia, não adianta um leigo como eu opinar, ainda mais de longe - completou.