Para o deputado José Dirceu (PT-SP), não há motivos que justifiquem a possível cassação de seu mandato. Segundo o ex-ministro da Casa Civil, "em 150 dias as CPIs não encontraram nada que justifique" a cassação dele e estariam apenas "buscando um pretexto", disse o deputado José Dirceu (PT-SP), por meio de sua assessoria de imprensa. Dirceu afirmou também, nesta quinta-feira, que não recebeu empréstimo do Partido dos Trabalhadores, ao contrário do que disse o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios.
- Não se trata de empréstimo, foi um ressarcimento de um adiantamento de despesas de viagem - disse Dirceu.
Os R$ 14,3 mil citados por Onyx na CPMI, segundo a Assessoria de José Dirceu, trata-se do pagamento de hospedagem de sua esposa, Maria Rita, durante a viagem de dirigentes do PT à China em julho de 2001. Dirceu era presidente do PT à época. Lorenzoni disse na CPMI que Dirceu recebeu um empréstimo de R$ 14.322 do PT, em dezembro de 2002, e não o declarou ao Imposto de Renda.
Segundo a Assessoria de Imprensa do petista, o valor repassado pelo Partido dos Trabalhadores não foi empréstimo, mas reembolsos fetios em razão das despesas seguintes:
- passagem e hospedagem da esposa de José Dirceu, Maria Rita, quando os dirigentes do PT viajaram para a China em junho de 2001 (R$ 13.676);
- parcelas relativas à aquisição de aparelho de telefone celular, constantes da despesas reembolsáveis com telefone, pagas pelo PT entre setembro de 1999 e junho 2000 (R$ 500);
- saldo de adiantamento de despesas referentes a novembro de 1995 (R$ 146).