Diplomatas em Bagdá esforçavam-se nesta quinta-feira para libertar três indianos, três quenianos e um egípcio mantidos como reféns, depois que seus sequestradores ameaçaram decapitá-los se o empregador deles não deixasse o país árabe.
Imagens de vídeo enviadas para meios de comunicação internacionais mostravam os sete homens, que aparentavam cansaço e medo, declarando seus nomes e nacionalidades para a câmera.
A notícia do sequestro deles, nesta quarta-feira, detonou uma nova crise de reféns apenas um dia depois de guerrilheiros terem libertado um motorista filipino. O governo das Filipinas atendeu a demanda dos militantes e antecipou a retirada de suas forças do Iraque.
"Se eles cumprirem essa ameaça, será um acontecimento bastante grave. Condenamos esse incidente", disse o ministro das Relações Exteriores da Índia, Natwar Singh, em Islamabad (capital do Paquistão), onde participa de uma conferência.
Autoridades indianas disseram que o país faria o possível para garantir a libertação dos três indianos, todos motoristas de caminhão. Os guerrilheiros também exigiram que a Índia, o Quênia e o Egito retirassem seus cidadãos do Iraque. Nenhum dos países faz parte das forças de ocupação lideradas pelos EUA, mas muitas pessoas vindas desses países trabalham no território iraquiano.
No mais recente episódio de violência no Iraque, durante horas de combate na cidade de Ramadi (oeste do país), nesta quarta-feira, fuzileiros navais norte-americanos mataram 25 guerrilheiros, feriram 17 e capturaram outros 25, afirmaram as Forças Armadas dos EUA em um comunicado.
Os militares disseram que 13 fuzileiros e um soldado dos EUA ficaram feridos nos combates.
Os fuzileiros disseram que os choques começaram à noite, quando os guerrilheiros detonaram uma bomba plantada ao lado de uma estrada perto de um comboio dos EUA e depois abriram fogo, usando fuzis e granadas lançadas por foguete. Estima-se que cerca de 100 insurgentes tenham se envolvido no conflito.
O filipino Angelo de la Cruz, também motorista de caminhão, desembarcou em Manila (capital das Filipinas) na quinta-feira, dois dias depois de ter sido libertado. O refém ficou mais de duas semanas em poder de seus sequestradores.
A decisão do governo filipino de atender à demanda dos militantes foi criticada pelos EUA e pela Austrália, ambos importantes aliados dele, e pelo governo interino do Iraque. De la Cruz, 46, chegou ao lado da mulher. Ao descer no aeroporto da capital, foi abraçado por seus oito filhos.