A nova ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, toma posse, nesta terça-feira, às 16h, no Palácio do Planalto. No mesmo horário, está prevista a transmissão de cargo, a ser feita pelo antecessor José Dirceu. O atual presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, ocupará interinamente o cargo de ministro de Minas e Energia.
A ministra afirmou, em entrevista depois de ser indicada, que sua parte na 'gerência' do governo será promover e ampliar a agenda positiva que o país já conquistou, e levar a cabo todos os projetos em andamento.
Economista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff já foi secretária de Fazenda (1986-1988) e secretária de Estado de Energia, Minas e Comunicações (1993-1994) do Rio Grande do Sul, durante o governo Olívio Dutra. É formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestre em teoria econômica pela Universidade Estadual de Campinas, onde cursa doutorado. No governo Lula, fez parte da elaboração do programa de energia e coordenou a equipe de infra-estrutura no período de transição.
À frente do Ministério das Minas e Energia, Dilma Rouseff defendeu que o governo federal não privatizasse qualquer grande empresa geradora do Brasil nem reestatizasse empresas privadas. Segundo ela, o grande compromisso do governo Lula na área é "jamais aceitar que o país passe mais por situações de racionamento", como o de 2001, que provocou queda da produção industrial e prejuízos para a população.
Na avaliação do líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), a decisão do presidente Lula de nomear a ministra para a Casa Civil vai impor à pasta um perfil mais técnico do que o adotado por José Dirceu.
José Dirceu deixou a Casa Civil na última quinta-feira. Ao anunciar sua saída do primeiro escalão do governo, o ministro informou que vai assumir o cargo de deputado federal pelo PT de São Paulo. O pedido de exoneração de Dirceu deve ser publicado nesta quinta, no Diário Oficial da União. Já o cargo da ex-ministra de Minas e Energia será assumido interinamente pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, que acumulará as duas funções.