A despeito de Lula vencer as eleições, se fossem hoje, em todos os cenários possíveis; o fato não interrompeu a perseguição judicial que ocorre sobre o petista.
Por Redação - de Curitiba e São Paulo
Reunido em São Paulo o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores ouviu da presidenta cassada Dilma Rousseff que há, em curso, a terceira fase do golpe de Estado que a retirou do poder. Para Dilma, o movimento fica caracterizada pela utilização de mecanismos judiciais para promover a perseguição política ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
— Após o golpe, esperavam que estivéssemos destruídos; que o Lula estivesse destruído, que vocês não pudessem colocar a cabeça para fora. Mas o que identificamos é que o ex-presidente hoje detém a liderança nas pesquisas — afirmou.
Propina
A despeito de Lula vencer as eleições, se fossem hoje, em todos os cenários possíveis, o fato não interrompeu a perseguição judicial que ocorre sobre o petista. Nesta segunda-feira, o Ministério Público Federal (MPF) desistiu de realizar uma perícia nos recibos de aluguel de um apartamento; apresentados pela defesa do ex-presidente. E concluiu que os documentos apresentados pelos advogados são "ideologicamente falsos".
A documentação faz parte do processo em que Lula é acusado de receber o imóvel; como forma de propina fornecida pela construtora Odebrecht. O documento de desistência foi protocolado pelo MPF, nesta manhã.
Imóvel alugado
A defesa de Lula argumenta que o imóvel foi locado à ex-primeira-dama Marisa Letícia. Ela morreu no início do ano. A ex-primeira-dama apresentou uma série de recibos com datas entre 2011 e 2015; assinados pelo proprietário do imóvel, Glauco da Costamarques.
Os promotores justificam que, "após a colheita da prova oral, não mais persiste a postulação de realização de prova pericial porque os aspectos pontuais atinentes à confecção dos documentos de que se trata; que se pretendia aclarar por prova técnica, já estão suficientemente elucidados". Os procuradores ainda alegam que os recibos são "ideologicamente falsos".
Segundo o MPF, o imóvel foi adquirido por Glaucos da Costamarques a pedido do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente. O local é usado pela família de Lula há vários anos; e serve como moradia para os seguranças do ex-presidente. Segundo a defesa do petista, o imóvel é alugado.