Rio de Janeiro, 05 de Janeiro de 2025

Dilma avisa a Temer que PMDB não tem lugar na reforma do gabinete

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Terça, 14 de Janeiro de 2014 às 11:36, por: CdB
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A aliança entre Dilma e Temer dura três anos, desde a eleição, em 2010
A presidenta Dilma Rousseff disse ao vice-presidente Michel Temer em reunião na noite passada, que está encontrando dificuldades para ampliar o espaço do PMDB na Esplanada dos Ministérios, segundo relato de uma fonte do Palácio do Planalto à agência inglesa de notícias Reuters. A reunião de aproximadamente duas horas com Temer, que é presidente licenciado do PMDB, deu início às negociações que Dilma fará com aliados nos próximos dias, antes de iniciar a substituição dos ministros que deixarão o governo para disputar as eleições estaduais. São aguardadas pelo menos dez mudanças no primeiro escalão. Dilma argumentou a Temer que está tendo dificuldades para atender a todos os pedidos dos partidos que engrossaram sua base aliada no Congresso, disse a fonte, sob condição de anonimato. Há demandas do PP, que hoje comanda o ministério das Cidades e quer assumir pelo menos mais uma pasta, do PSD, que comanda a pasta de Micro e Pequenas Empresas e já se comprometeu a apoiar a reeleição de Dilma, e do recém criado Partido Republicano da Ordem Social (Pros), entre outras. Dilma quer formar uma aliança de partidos igual ou maior do que em 2010 e para isso vai usar vagas da reforma ministerial. Quanto mais partidos na aliança, mais tempo de campanha na TV. O PMDB comanda cinco ministérios (Previdência, Agricultura, Turismo, Minas e Energia e Aviação Civil) e almeja comandar a Integração Nacional, que estava sob controle do PSB. Os socialistas deixaram o governo em setembro, quando o governador de Pernambuco e presidente da legenda, Eduardo Campos, disse que o PSB teria uma candidatura própria à Presidência. Segundo relato da fonte, Dilma aponta dificuldades para colocar o PMDB no comando dessa pasta. – Mas isso ainda não foi uma conversa definitiva – disse, admitindo, porém, que não será fácil fazer a costura necessária para ampliar o espaço do partido na Esplanada. A presidenta dará sequência às reuniões com outros partidos aliados nos próximos dias. Temer já conversou com alguns peemedebistas na segunda-feira, e caso Dilma não atenda o pedido do partido, os principais contrariados seriam os senadores do PMDB, que davam como certa a indicação do colega Vital do Rêgo (PB) para o cargo. A chefe do Executivo disse no final do ano que começaria as mudanças no ministério em janeiro e as concluiria até o Carnaval, no início de março. Dilma deve fazer as primeiras trocas após as viagens internacionais que fará a partir do dia 22, retornando ao país até o dia 29. A mudança mais aguardada é na Casa Civil para substituir a ministra Gleisi Hoffmann, que retomará seu mandato de senadora e deve disputar o governo do Paraná. O mais cotado para assumir é o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ambos são do PT. Também devem deixar o governo os ministros Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Maria do Rosário (Direitos Humanos), Alexandre Padilha (Saúde) e Marcelo Crivella (Pesca). Dilma pode trocar ainda a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o ministro interino dos Portos, Antonio Henrique Pinheiro Silveira. Ela já afirmou que não pretende fazer mudanças na equipe econômica, assegurando por várias vezes que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, permanecerá no governo.
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