Detentos do Presídio Ary Franco fazem rebelião

Por volta das 6h desta quinta-feira, detentos do Presídio Ary Franco, em Água Santa, Zona Norte, começaram uma rebelião que durou três horas.

Cerca de nove explosões foram ouvidas e colchões foram queimados. O incêndio chegou a atingir o sistema de energia elétrica da unidade, que ficou sem luz.

A Secretaria de Administração Penitenciária ainda não informou quantos presos ficaram feridos. Eles estariam sendo atendidos pelas ambulâncias do Corpo de Bombeiros. 

Os detentos estavam armados e fizeram cinco agentes penitenciários reféns. Quatro deles foram agredidos fisicamente e um foi baleado. Os presos ficaram concentrados no telhado do prédio e aproximadamente 30 homens negociaram com os policiais.

As polícias Civil e Militar cercaram todo o presídio. O quarteirão foi interditado ao tráfego. Policiais militares ainda fazem a contagem dos presos e procuram armas na unidade.

As visitas marcadas foram canceladas e é grande a movimentação de familiares e amigos dos presos, que aguardam informações na porta da unidade.

Segundo a assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária, a rebelião foi ordenada por presos do Presídio Evaristo de Moraes, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte. De lá eles aplicavam golpes de extorsão por telefone.

A rebelião tinha o objetivo de pressionar para que os detentos fossem transferidos para outras penitenciárias que não tenham os telefones celulares bloqueados.

Os detentos exigiram a presença do secretário Astério Pereira dos Santos e do secretário de Segurança, Roberto Precioso.

Os rebelados pretendem formar uma nova facção criminosa. A facção se chamaria "Povo de Israel" ou "Inimigos dos Inimigos".