O senador Sibá Machado (PT-AC) negou, nesta quinta-feira, no Conselho de Ética, a explicação do presidente do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), para o repasse de R$ 700 mil das contas da agência de publicidade SMPB, do empresário Marcos Valério. Segundo Corrêa, o dinheiro era do PT nacional e foi utilizado para pagar honorários do advogado Paulo Goyaz, titular de defesa do deputado Ronivon Santiago em 36 processos judiciais no Acre. Os processos são movidos pelo próprio PT, em nível estadual.
De acordo com a versão de Corrêa, Sibá Machado participou de encontro para tratar da ajuda financeira ao PP, mas o senador petista o desmentiu.
- Nunca participei de reuniões desse tipo. Eu nem tinha conhecimento de que havia reunião para tratar desse tipo de assunto. A única reunião de que participei foi para tratar de aliança política no estado, porque interessava ao PT uma aliança com o PP do Acre. O PP achava que quem fazia as ações contra o deputado Ronivon éramos nós, o que também não procede - disse o senador.
Relator do processo contra Pedro Corrêa no Conselho de Ética, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) lembrou que ainda ouvirá o testemunho de outras pessoas envolvidas no caso, mas adiantou que depoimento do senador Sibá Machado complicou a situação de Corrêa.
- Ele foi desmentido nos dois sentidos, tanto porque na reunião não se falou em dinheiro, como disse o senador Sibá, como porque, segundo o senador Sibá, sequer o PT tinha ações contra o deputado Ronivon. Então não havia por que ajudá-lo financeiramente - ressaltou.