Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Desemprego é causa da imigração ilegal, diz Crivella

Arquivado em:
Quarta, 23 de Março de 2005 às 08:54, por: CdB

Os 10 mil brasileiros presos nos Estados Unidos nos dois primeiros meses deste ano, por tentativa de imigração ilegal, foram apontados pelo senador Marcelo Crivella (PL-RJ), nesta quarta-feira, como vítimas da falta de perspectiva causada, a seu ver, pela política econômica. Ele fez um apelo ao governo para rever as metas de inflação e as taxas de juros, para combater o desemprego.

Em todo o ano de 2003, citou Crivella, perto de 4300 jovens brasileiros foram detidos nos Estados Unidos e deportados para o Brasil. Em 2004, comparou, o número subiu para 8500. A busca de uma oportunidade no exterior, observou, acabou ampliando para 10 mil, em apenas dois meses de 2005, o número de deportados.

Para o senador, esta é mais uma das conseqüências do aumento do desemprego, que considerou a "notícia mais triste que o país poderia ter na véspera da Páscoa". Apesar de a economia ter crescido 5,2% em 2004, disse ele, o ritmo da expansão tem caído e corre o risco de voltar à média de 2,5% anuais do "período do neoliberalismo". Com isto, advertiu, não se conseguirá reduzir o estoque dos já desempregados.

- Temos 10 milhões de pessoas no desemprego aberto e 10 milhões no subemprego, ganhando menos de um salário mínimo. O desemprego tem relação direta com a violência, a favelização e a falta de demanda para investimento da iniciativa privada. Como é que nós, senadores, vamos explicar a nossos eleitores que no ano passado pagamos 140 bilhões de reais de juros da dívida interna? - questionou.

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ser solidário com as vítimas do terrorismo, inclusive nos Estados Unidos, mas observou que, para se combater a injustiça, seria necessário garantir a "perspectiva de livre mobilidade dos seres humanos entre os países das Américas".

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo