Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Desemprego e a inadimplência crescem em todas as regiões pesquisadas

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Quinta, 21 de Agosto de 2014 às 10:47, por: CdB
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A taxa de desemprego brasileiro tem aumentado lentamente no Sul do país
A taxa de desemprego medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu em três das quatro regiões metropolitanas analisadas, na passagem de junho para julho. No Recife, a taxa subiu de 6,2% em junho para 6,6% em julho, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, pelo IBGE. Mais duas capitais com aumento da taxa de desemprego foram o Rio de Janeiro (cujo índice subiu de 3,2% para 3,6%) e Belo Horizonte (que passou de 3,9% para 4,1%). Apenas a região metropolitana de São Paulo teve queda na taxa, ao passar de 5,1% para 4,9%. Na comparação com julho do ano passado, no entanto, houve queda no índice de desemprego nas quatro regiões metropolitanas. Devido à greve dos servidores do IBGE, as taxas de desemprego de Salvador e Porto Alegre ainda não estão disponíveis, por isso, não é possível calcular a média nacional da PME (feita com base nas seis regiões metropolitanas). Inadimplência Além do desemprego, dívidas. O número de inadimplentes atingiu o recorde de 57 milhões de brasileiros, este ano, de acordo com levantamento da Serasa Experian. O total de consumidores com dívidas em atraso é maior do que o verificado em agosto de 2013, quando foram registrados 55 milhões. No mesmo mês de 2012, 52 milhões de pessoas estavam nessa situação. O estudo também mostra que 60% dos inadimplentes têm contas mensais a pagar que custam acima de 100% de sua renda mensal. Além disso, 53% dos endividados acumulam até duas dívidas não honradas. De acordo com os especialistas da Serasa Experian, o aumento do número de inadimplentes deve-se ao crescente endividamento das famílias e ao descontrole do consumidor ao assumir novos financiamentos, sem considerar as contas fixas mensais e outras dívidas já contraídas. Parcelamento de compras com juros altos, como de imóveis e carros, e as altas taxas cobradas pelo uso do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito, também comprometem o orçamento e contribuem para a inadimplência, observa a entidade. – O patamar da inadimplência poderia ser superior, mas a evolução da renda e o desemprego baixo estão atenuando o cenário. A atual situação é preocupante, pois revela que do total da população brasileira com 18 anos ou mais (144 milhões de pessoas), cerca de 40% está inadimplente. Mas não é alarmante, pois o volume de dívidas da maioria não é alta. A situação, no entanto, exige acompanhamento com atenção dobrada – disse o superintendente de Informações sobre Consumidores da Serasa Experiam, Vander Nagata. Educação Para ele, a tendência crônica ao descontrole deve ser combatida com educação financeira, transformando o conhecimento básico sobre educação financeira em comportamento consciente, evitando a compra por impulso ou para ostentação. – Esse é o desafio do brasileiro, que hoje gasta mais do que ganha e não poupa, apesar de ter consciência da importância dessas atitudes – ressaltou. Ele destacou ainda que as empresas precisam se cercar de ferramentas que reduzam o risco no momento da concessão do crédito. – Ao credor faltam informações para uma avaliação mais precisa da real capacidade de pagamento, contemplando o nível de endividamento que o cliente já possui. O crédito é um poderoso instrumento para o desenvolvimento econômico, mas se for pago. Se houver calote, é prejudicial – explicou.
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