Leandro Desábato irá passar mais uma noite na cadeia, desta vez no 13º Distrito Policial. Os advogados do jogador não conseguiram pagar a fiança a tempo e, por isso, o jogador continuará na cadeia.
O juiz Marco Aurélio Zilli arbitrou em R$ 10 mil a fiança para que o zagueiro argentino Leandro Desábato consiga a liberdade provisória. O pagamento deveria ser feito em espécie até às 19h, quando termina o horário de funcionamento do banco localizado no Fórum da Barra Funda, em São Paulo.
Os advogados tinham R$ 6,7 mil e aguardavam o restante, que seria entregue por um motoqueiro, que não conseguiu chegar antes do banco fechar.
Zilli não aceitou a indicação do Ministério Público, que desaconselhava a liberdade provisória por Desábato não viver no Brasil e não se ter certeza se ele é reincidente ou não.
O juiz, em seu despacho, ressalvou que mesmo tendo sua liberdade provisória concedida, Desábato não poderá sair do Brasil sem uma autorização especial, pois ainda responderá pelo crime de injúria qualificada, podendo ficar de um a três anos na cadeia.
Pouco antes do anúncio do despacho do juiz, Desábato foi transferido do 34º Distrito Policial, na Vila Sônia, para o 13º Distrito Policial, na Casa Verde.
O argentino estava na delegacia desde a noite de quarta-feira, após ser preso por atitude racista contra o atacante Grafite, do São Paulo. O 34º Distrito Policial não poderia abrigar o zagueiro porque a carceragem foi desativada pelo governador Geraldo Alckmin.
Durante a noite, Desábato permaneceu em uma sala da delegacia e, segundo as autoridades policiais, não dormiu, mas se alimentou normalmente. Ele chegou a reclamar de dores musculares e foi atendido por um médico do Quilmes.
A transferência para o 13º Distrito Policial foi pedida também para preservar a segurança do jogador.
Na saída de Desábato da delegacia, houve tumulto. Muitos curiosos ficaram na frente do 34º Distrito Policial e hostilizaram o jogador.