Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Democratas asseguram atenção especial à América Latina

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Terça, 27 de Julho de 2004 às 22:57, por: CdB

Os principais assessores de John Kerry para a América Latina afirmaram, na última terça-feira, que a região terá "a atenção que merece" e criticaram o presidente George W. Bush por dar as costas ao subcontinente.
 
- Quando um país está em guerra e tem 140 mil soldados no Iraque, certamente isto será sua primeira prioridade, seja um governo de Bush ou de Kerry - disse Nelson Cunningham, assessor da campanha do candidato democrata.

- Vamos fazer com que a América Latina receba a atenção que merece - garantiu Cunningham, que participa da Convenção Democrata em Boston (Massachusetts).

- A América Latina não será 'a' prioridade, mas será 'uma' prioridade" na política externa de Kerry. Para Cunningham, o maior desafio de Kerry na região será "restaurar a confiança" - disse.

Kerry já disse que vai defender a democracia e o Estado de Direito, manter-se neutro diante de eleições livres e melhorar a segurança na América Latina.

Um grupo de 30 assessores de Kerry especializados em América Latina se reuniram em um hotel de Cambridge (noroeste de Boston) com diplomatas e representantes de partidos políticos convidados para a Convenção, incluindo os embaixadores de Brasil, Argentina, Bolívia, Chile e Venezuela nos Estados Unidos.

No encontro, surgiu "uma importante distinção em relação ao governo Bush, que fez tantas promessas sobre seus compromissos na América Latina em 2000, e esqueceu tudo após o 11 de Setembro", no ano seguinte, destacou Cunningham.

Depois dos atentados terroristas de 2001, ocorreu "um abandono quase total" da região por parte de Bush, disse Peter Romero, encarregado da diplomacia americana para a América Latina durante o governo de Bill Clinton e agora assessor de Kerry.

- Falamos em livre comércio (...) terrorismo e narcotráfico. E nada mais - falou.

Segundo Cunningham, "um grande país pode fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo".

- Esquecer nossos vizinhos da América Latina, dar-lhes as costas em problemas importantes, é o que não deveria ter sido feito nos últimos três anos - disse.

- Clinton mostrou que é possível fazer muitas coisas importantes ao mesmo tempo, incluindo estabelecer relações positivas e boas com a América Latina. Acredito que o presidente Kerry poderá fazer a mesma coisa - disse. 

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