Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Cunha pode ser solto por ordem do STF, na revisão da Lava Jato

Arquivado em:
Segunda, 13 de Março de 2017 às 11:57, por: CdB

A decisão de revisar as prisões determinadas pelo juiz Sérgio Moro, entre elas a de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) terão que ser tomadas pela 2ª turma do STF. Esta é formada pelos ministro Edson Fachin (relator da Lava Jato), Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello

 

Por Redação, com Reuters - de Brasília

Há apenas sete presos em Curitiba, nesse momento, cumprindo prisão preventiva, sem condenação, por ordem do juiz Sérgio Moro. Entre eles estão o ex-ministro petista Antonio Palocci e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB). Estas prisões, no entanto, serão revisadas no Supremo Tribunal Federal (STF), em breve.

Cunha-Reuters-1.jpg
Eduardo Cunha argumentava que deveria ser julgado pelo STF por ser presidente da Câmara. Mas agora é réu na Vara Federal de Sérgio Moro

A manutenção de políticos e empresários, presos na Operação Lava Jato, tem sido mais longa do que o usual. É o que disse à agência inglesa de notícias Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto.

Habeas corpus

— O Tribunal vai daqui a pouco, em poucos meses, talvez no próximo mês, começar a liberar pessoas da Lava Jato que estão presas em Curitiba. Certamente isso vai acontecer — disse a fonte. Acrescentou, ainda, que alguns prazos de prisões sem condenação estão sendo considerados longos.

A decisão de revisar as prisões determinadas pelo juiz Sérgio Moro terão que ser tomadas pela 2ª turma do STF. Esta é formada pelos ministro Edson Fachin (relator da Lava Jato), Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello.

Há cerca de um mês, durante a análise de um pedido de habeas corpus do ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu pela Segunda Turma, Gilmar Mendes tratou do mesmo assunto.

Força-tarefa

— Acho que temos um encontro marcado com essas alongadas prisões que se determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre esse tema que em grande estilo discorda e conflita com a jurisprudência que desenvolvemos ao longo desses anos — disse o ministro.

A possibilidade de o STF de analisar as prisões preventivas já chegou aos ouvidos dos membros da força-tarefa. E não agradou. Uma fonte próxima das investigações disse, em condição de anonimato, que os rumores sobre o possível movimento do STF vêm crescendo. Mas a força-tarefa não vê razões que justifiquem a liberdade dos presos de Curitiba.

— As prisões preventivas foram feitas dentro das normas jurídicas e com bases sólidas. E as demais seguiram o entendimento do próprio STF que justifica a prisão em segunda instância. Uma decisão dessas seria bastante complicada para a operação — concluiu a fonte.

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo